O governo paulista decreta luto oficial de três dias pela morte da escritora Lygia Fagundes Telles.
A "dama da literatura brasileira" faleceu ontem em casa, aos 98 anos, em São Paulo.
A causa da morte ainda é desconhecida.
Integrante da Academia Brasileira de Letras desde a década de 80, a autora colecionou diversas premiações ao longo da carreira.
Entre elas, o prêmio do Instituto Nacional do Livro por "Histórias do Desencontro", em 1958 e o Jabuti por "Verão no Aquário" em 1963.
Em 2005, a escritora ganhou o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa, pelo conjunto da obra.
No mesmo ano, em entrevista a rádio BandNews FM, Lygia Fagundes Telles falou sobre a importância da educação no Brasil.
Lygia teve as obras traduzidas para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, além de adaptações para o cinema, o teatro e a TV.
Muitos a consideravam ousada e, já na década de 50, ela quebrava preconceitos.
Segundo o presidente da Academia Paulista de Letras, José Renato Nalini, a autora sempre lutou contra ditaduras no Brasil.
Além de escritora, Lygia Fagundes Telles também era formada em Direito pela USP.