Prestes a fazer 12ª cirurgia, Luizão recorda sacrifícios e infância "de Zico"

Ex-atacante relembra lesões, analisa o Corinthians atual e comenta a rivalidade dentro de casa na infância

Da Rádio Bandeirantes

Luizão (centro) na festa do penta pela Seleção
Luizão (centro) na festa do penta pela Seleção
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O ex-atacante Luizão teve uma carreira marcada por gols e títulos, mas também sofreu com lesões. Em uma delas, em 2001, quando defendia o Corinthians, o jogador teve rupturas no ligamento cruzado anterior e no menisco lateral, e quase fica fora da Copa do Mundo. Em 2006, jogou no sacrifício as finais da Copa do Brasil pelo Flamengo contra o Vasco.

“Tomei infiltração na sola do pé. Imagina tomar uma infiltração por baixo do pé…”, relembra Luizão, 48 anos, em entrevista neste domingo (14) ao jornalista Eduardo Castro, no “Domingo Esportivo” da Rádio Bandeirantes.

O ex-jogador, porém, afirma: “faria tudo de novo”.

Naquela lesão de 2001, o jogador voltou a tempo de ajudar a colocar o Brasil na Copa do Mundo, marcando dois gols da vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela, pela última rodada das Eliminatórias para o Mundial de 2002 - Rivaldo fez o outro. Luizão foi à Copa do penta, mas perdeu uma transferência para o Borussia Dortmund, da Alemanha.  

A rotina de tratamentos, mesmo aposentado, continua. “Já passei por 11 cirurgias, mas acho que vou ter que fazer a 12ª”, revelou Luizão, que admite estar “enrolando” o médico Joaquim Grava para ser submetido a um procedimento para colocação de uma prótese no quadril.

“Eu era o Zico”

Ex-jogador e com títulos conquistados por Vasco e Flamengo, Luizão atuou por dois clubes que marcaram sua infância em Rubinéia, no interior de São Paulo. Isso porque a televisão local só recebia o sinal de uma emissora do Rio de Janeiro, e assim os ídolos em casa acabaram sendo as estrelas dos clubes cariocas, especificamente Zico e Roberto Dinamite.

Na fantasia infantil de Luizão e o irmão, cada um fazia o papel de um craque.

“Eu era o Zico. Meu irmão era o Roberto”, conta o ex-atacante, que presta uma homenagem a Dinamite, que morreu em janeiro de 2023 e faria aniversário de 70 anos no último sábado, dia 13 de abril.

“Eu tive a honra e o prazer de conhecer o Roberto”, diz Luizão. “Era um cara fantástico como pessoa, e como jogador… Pelo amor de Deus. Cabeceador nato. Nas [cobranças] de falta parecia que botava [a bola] com a mão. Um finalizador incrível”, declara o ex-atacante, campeão da Libertadores pelo Vasco, em 1998, e da Copa do Brasil com o Flamengo de 2006, justamente sobre o Gigante da Colina. E com gols marcados em ambas as finais.

Corinthians e Yuri Alberto melhorando

O maior título de Luizão por clubes, no entanto, foi pelo Corinthians, na conquista do Mundial de 2000 - também sobre o Vasco. Sobre o Timão, o ex-atacante vê pontos positivos na nova fase, depois do início de ano turbulento. E elogia Yuri Alberto. Mas o título do Brasileirão está distante, avalia. Um G6 e a vaga na Libertadores, diz, é um sonho possível.

“O Corinthians vem melhorando, está se encaixando. Dificilmente briga pelo título, mas briga para ficar entre os seis primeiros. O Corinthians tem muita força, principalmente jogando em casa. Tem uma nova diretoria, Yuri Alberto se encontrando, fazendo gols, que é isso que a torcida espera dele”, afirma.

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