O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, concedeu uma entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes durante a manhã desta terça-feira (18) e falou sobre a possibilidade de novas mudanças no quadro de ministros para que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amplie sua base no Congresso Nacional.  

De acordo com o petista, o Planalto enxerga de maneira positiva a possibilidade de "novas forças políticas" passarem a integrar o primeiro escalão do governo. Questionado, não negou a possibilidade de novas mudanças ministeriais.

Nós vemos como algo positivo forças políticas quererem ingressar no governo. Significa que estamos no rumo certo. Inclusive, parlamentares e bancadas inteiras de partidos que se declaram de oposição que querem participar no primeiro escalão do governo.

Segundo Padilha, os atos de vandalismo e violência causados nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no Distrito Federal, em 8 de janeiro, reforçaram a tese de união em torno da recuperação do Brasil.

Acho que teve um demarcação, uma linha demarcatória que aconteceu quando interrompemos o golpe de 8 de janeiro. Ali, temos forças políticas que não necessariamente votaram no presidente Lula, podem até ter votado no outro candidato, mas que mudaram para querer uma reconstrução.

O ministro ressaltou, ainda, que as discussões para mudanças nos ministérios voltarão a acontecer no "fim desta semana" e "começo de agosto". As datas marcam o retorno do presidente Lula ao Brasil - o mandatário encontra-se em Bruxelas, na Bélgica - e do fim do recesso parlamentar.

Mudanças ministeriais

Nas últimas semanas, intensificaram as negociações para que uma mudança no comando do Ministério do Turismo, com a iminente saída da ministra Daniela Carneiro (União-RJ) para chegada do deputado Celso Sabino (União-PA), acontecesse. 

Ainda houve conversas para que partidos de centro ocupassem as cadeiras de Nísia Trindade e Ana Moser nos ministérios da Saúde e dos Esportes, respectivamente. Também se fala sobre o Ministério da Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento Social e das pastas comandadas pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), o que acarretaria numa saída do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) do ministério da Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.