Os piores índices de qualidade do ar estão nas proximidades das grandes vias e avenidas, segundo Maria Lúcia Guardani, gerente de qualidade do ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Ela falou ao Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, sobre os impactos que a poluição e as queimadas causam no ar da cidade.
Segundo ela, o ar parado, seco e falta de ventos e chuvas faz com que a fuligem, proveniente das queimadas nos últimos dias, permaneça suspensa e piore ainda mais a qualidade do ar respirado nas cidades.
"Os ventos fracos não dispersam esses poluentes. Esse cenário é diferente dos últimos dias. Desde o dia 18 de agosto estamos em cenário bem diferente do que é normal para esta época", disse a gerente da Cetesb.
O cenário consegue ser ainda pior nas proximidades de grandes vias e avenidas na cidade de São Paulo, por exemplo.
"Temos uma frota muito grande que todos os dias vai para as ruas. O que muda de um dia pro outro são as condições atmosféricas. Os piores pontos são onde concentram muitos veículos. Esse é o pior ponto da cidade: perto de vias e avenidas. Quando vamos para bairros isso diminui", disse.
Um ranking internacional mantido pela empresa suíça IQ Air apontou a cidade de São Paulo está com a pior qualidade do ar do mundo na manhã desta segunda-feira (9).
A gerente da Cetesb, no entanto, afirma que não tem como avaliar a medição da IQ Air, mas destaca que a Cetesb usa equipamentos certificados e que passam por manutenções diárias para realizar as medições. A IQ Air não recebe dados da Cetesb para realizar suas medições.
"É muito importante numa hora dessa a melhor informação, principalmente quando a gente fala de saúde. a melhor informação vem dos equipamentos certificados. A rede da Cetesb monitora com equipamentos certificados e de referência. A rede não usa outro tipo de equipamento e mandamos nossos dados para OMS. Ao consultar a qualidade de ar, é importante consultar redes consideradas", disse Maria Lúcia Guardani.
