O relatório final da CPI da Covid será apresentado oficialmente nesta quarta-feira.
A cúpula da comissão decidiu retirar do parecer o indiciamento de Jair Bolsonaro pela prática de suposto crime de genocídio de indígenas e por homicídio qualificado.
A decisão foi tomada em um jantar realizado na noite de ontem na casa do senador Tasso Jeiressati, do PSDB.
Na saída do encontro, o presidente da CPI, Omar Aziz, destacou que os senadores chegaram num acordo para excluir a referência ao genocídio.
Segundo o relator Renan Calheiros o crime de homicídio foi retirado do parecer porque ele seria 'absorvido' por outro tipo penal pelo qual Bolsonaro já será indiciado.
O documento ainda terá nove pedidos de indiciamento de Jair Bolsonaro, que resultam em mais de cem anos de prisão.
São eles: crime de epidemia com resultado de morte, emprego irregular de verba pública, infração de medidas sanitárias preventivas e charlatanismo.
Além de incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, prevaricação, crime de responsabilidade e contra a humanidade.
Os parlamentares também retiraram a acusação de advocacia administrativa contra o senador Flávio Bolsonaro.
Ao todo, o relatório final vai pedir o indiciamento de 71 pessoas, entre eles ministros e dois filhos do presidente.
A votação do parecer será realizada na próxima terça-feira, dia 26.
Na semana que vem, a cúpula da comissão também pretende entregar as cópias do documento para a Procuradoria Geral da República.
Além do Ministério Público Federal em São Paulo e no Distrito Federal.