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Em CPI, Casares questiona uso de IA e fala de goleada em Palmeiras x São Paulo

Presidente do São Paulo foi convidado a participar da CPI das Apostas Esportivas

Por Paulo do Valle

Em CPI, Casares questiona uso de IA e fala de goleada em Palmeiras x São Paulo
Pedro França/Agência Senado

O presidente do São Paulo, Julio Casares, depôs nesta quarta-feira (22) na CPI das Apostas Esportivas, instaurada no Senado no dia 10 de abril e presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO).

Casares foi convidado a depor por conta de suspeitas levantadas pelo dono da SAF do Botafogo, John Textor, que, através de um relatório feito com o auxílio de inteligência artificial, aponta para possíveis manipulações em resultados das últimas edições do Brasileirão.

John Textor indicou que a goleada sofrida pelo São Paulo para o rival Palmeiras, por 5 a 0, teria lances suspeitos. Os gols foram exibidos na comissão e tiveram a análise do senador Romário (PL-RJ), relator da CPI, que não identificou nada de diferente nos lances.

No depoimento, Júlio Casares levantou dúvidas sobre a utilização da Inteligência Artificial para indicar a reputação de um jogador. "Esse relatório pode ajudar um gestor, pode ser útil, mas tenho a preocupação de subjugar, prejulgar, através de um número subjetivo, de avaliação de tantos passes errados, a postura do atleta".

Casares também questionou se a IA foi utilizada na virada que o Botafogo sofreu para o Palmeiras por 4 a 3. "É muito irresponsável sem ter o prejuízo de apurar, fazer juízo de valor".

O presidente do São Paulo justificou a goleada sofrida por conta de um relaxamento do time, que vinha de uma conquista inédita da Copa do Brasil. "No futebol, depois de uma grande conquista, há um relaxamento. Vi depois um brigando com o outro no vestiário".

A grama sintética do Allianz também foi um dos motivos alegados por Casares. "A bola corre mais".

A CPI tem até 180 dias para concluir os trabalhos, podendo ter a prorrogação de mais 90 dias. Um relatório será elaborado com as conclusões, podendo ser enviado para o Ministério Público ou Advocacia Geral da União, para que sejam tomadas as medidas legais.

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