Nesta quarta-feira (8), 100 mil doses da vacina contra a gripe irão chegar no Estado do Rio de Janeiro. Segundo a Secretaria de Saúde, a informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde. Assim que os imunizantes chegarem, serão distribuídas para os 92 municípios fluminenses.
A vacinação está interrompida desde a última sexta-feira (3) , na capital fluminense, por conta da falta de doses. O Ministério da Saúde já havia prometido que 160 mil imunizantes chegariam ao Estado na última segunda-feira (6), o que não ocorreu. Depois, através de uma nota, a pasta informou que até o final desta semana, as 160 mil doses chegariam no Rio.
Mas nesta terça-feira (7), o número de doses dessa nova remessa foi reduzido de 160 para 100 mil doses. Os imunizante devem chegar ainda nesta quarta-feira.
Além disso, a Prefeitura do Rio espera uma doação do Governo de São Paulo, que autorizou o envio de 400 mil doses da vacina, do Instituto Butatan. O pedido foi feito, formalmente, nesta terça-feira (7) pela Secretaria Municipal de Saúde da capital.
“O Governo de SP, por meio do Instituto Butantan, vai doar, nessa semana, 400 mil doses da vacina contra a Gripe para a cidade do Rio de Janeiro. O esforço tem objetivo de amenizar o surto da doença que atinge a população carioca”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria.
Apenas 60% do público-alvo está vacinado contra a doença e com o surto de gripe que atinge o Rio, os hospitais e Unidades de Pronto Atendimento estão superlotados. A Secretaria Estadual de Saúde instalou tendas para atendimento exclusivo de pacientes com síndrome gripal em algumas UPAs do estado e a Secretaria Municipal de Saúde vai contratar 350 profissionais da saúde para ajudar nesse cenário caótico.
Nas últimas semanas foram notificados 23 mil casos de Influenza na cidade do Rio. Nesta quarta-feira (8), para reforçar o atendimento, a Prefeitura do Rio inaugurou, na Vila Olímpica do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, o primeiro polo de atendimento a pacientes com síndrome gripal.
Um dos motivos para este surto estar acontecendo no Rio é a baixa cobertura vacinal do público-alvo desta doença. Outro fator que explica esse cenário é que o vírus não circulava há quase dois anos no Brasil.
“Essa época do ano, normalmente, a gente não tem surto de Influenza. É um vírus sazonal que circula mais no inverno, porém, a gente no Brasil, não tem detecção de Influenza desde o inverno de 2019. O que significa que a gente tem uma baixa imunidade da população, porque a imunidade tanto pela infecção natural, quanto pela vacina, ela dura em torno de seis meses, no máximo um ano”, explicou o infectologista Alberto Chebabdo.
