Band Rio

Não foi "só" uma goleada

A vitória da Seleção Brasileira sobre a Coreia do Sul por 4 a 1 mostrou a força do conjunto

Felipe de Moura*

Brasil enfrenta a Croácia nas quartas de final da Copa do Catar
Brasil enfrenta a Croácia nas quartas de final da Copa do Catar
Lucas Figueiredo / CBF

Nesta segunda-feira (5), o Brasil venceu a Coreia do Sul por 4 a 1 e se classificou para as quartas de final da Copa do Mundo do Catar. O placar elástico e a bela exibição, principalmente no primeiro tempo, dão um recado claro para as outras seleções: o Brasil, quando encaixa, é o melhor time da Copa.

Seja individualmente ou coletivamente, a seleção com Neymar e companhia encantou. Quatro dos cinco jogadores de frente fizeram os gols da partidas. Lucas Paquetá, Neymar, Vini Jr e Richarlison. Só Raphinha (que foi muito bem no confronto), não marcou. Aliás, o atacante do Barcelona foi o jogador que mais finalizou da equipe. Foram cinco ao todo, sendo três no gol. Mas ainda não chegou a vez dele.

Nas comemorações dos gols, muitos chamaram a atenção para a típica dancinha dos atacantes brasileiros, que já gerou até reclamações de comentarista estrangeiro (por mais incrível que pareça). Porém, há algo mais importante de se notar. Assim que o primeiro gol saiu, os 10 jogadores de linha fizeram um círculo e comemoram entre si.

Pareceu algo combinado, talvez como uma forma de dar recado e transparecer ainda mais a união desse time. Cada vez mais unida, a Seleção Canarinha assusta a qualquer um.

A partida também serviu para esclarecer algumas possíveis dúvidas. Com Neymar em campo, a seleção é muito mais forte. Muito mais confiante e com mais espaço para os atacantes, já que o mesmo sempre puxa pelo menos dois marcadores na maioria das vezes em que pega na bola.

Casimiro é o jogador mais indispensável desse time. Mesmo tendo um bom reserva (Fabinho) é um volante insubstituível. Candidato a um dos melhores jogadores da Copa.

Em 2018, ele não jogou contra a Bélgica por levar o segundo amarelo no jogo anterior e todo mundo sabe no que deu. Agora, ele está pendurado de novo. Se tomar um cartão contra a Croácia, vai ficar fora de uma possível semifinal, quando o Brasil enfrentaria a seleção mais complicada da campanha até aqui: Holanda ou Argentina.

Até lá, para o desespero dos “antis”, a previsão é de muita dança, e carregada de alegria.

Sob supervisão de João Lidington