Bienal impacta um milhão de pessoas em dez dias de evento com formato híbrido

Mais de 2 milhões de livros foram vendidos no total

Beatriz Duncan (sob supervisão)

Formato híbrido deve ser mantido para as próximas edições da Bienal do Livro Divulgação/Giulia Cordeiro
Formato híbrido deve ser mantido para as próximas edições da Bienal do Livro
Divulgação/Giulia Cordeiro

Depois de 10 dias, a Bienal do Livro do Rio chegou ao fim no último domingo (12). Durante uma coletiva de imprensa, foi divulgado o balanço final de vendas da maior feira literária do país. No total, cerca de 2 milhões de livros foram vendidos, uma média de 8 por visitante.

Mais de 180 participaram desta edição, reunindo leitores de todas as idades. Debates sobre a comunidade LGBTQIAP+, fé, política, jornalismo e feminismo foram apenas alguns dos temas abordados nos painéis. A literatura jovem também chamou a atenção de leitores que visitavam os pavilhões. 

Esse foi o primeiro grande evento do Rio de Janeiro depois das flexibilizações da pandemia da Covid-19 na capital fluminense. Ainda com restrições de capacidade, a Bienal aconteceu pela primeira vez em formato híbrido. As 40 mesas de debate, que aconteceram na Estação Plural, foram transmitidas ao vivo, contabilizando no total cerca de 750 mil acessos. Todo o conteúdo está disponível no Youtube oficial da feira.

"Para os organizadores de evento, ver hoje que, com planejamento, com protocolos, trabalhando com responsabilidade é possível o mercado de eventos voltar e eu acho que volta com um evento maravilhoso, que reúne público, cultura, leitura e educação. Eu acho que o carioca prestigiou o evento, veio ávido para comprar livros e mostrou a potência que é a Bienal", afirma a organizadora do evento Tatiana Zaccaro.

Oitenta e cinco editoras estiveram presentes no evento e registraram um aumento de vendas de até 120% em comparação à 2019. Uma crescente expressiva que impressionou o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

"Desde setembro de 2019, o mercado editorial só tem crescido. Os dados mostram que novembro de 2021, já registrou um número maior de vendas do que 2020 inteiro. A pandemia teve um feito positivo para a leitura porque a disponibilidade de tempo permitiu que pessoas redescobrissem os livros", destaca o presidente da SNEL, Marcos da Veiga Pereira.

Mais de um milhão de pessoas foram impactadas durante esta 20ª edição, um alcance ainda maior, por conta deste novo formato híbrido.