Caso Bruno Krupp: Laudo médico aponta boa evolução clínica do modelo

Segundo o documento, o jovem apresentou suspeita de derrame articular.

Felipe de Moura*

Bruno apresentou boa evolução clínica. Divulgação
Bruno apresentou boa evolução clínica.
Divulgação

De acordo com o laudo médico apreendido por ordem da Justiça do Rio, as lesões do modelo e influenciador Bruno Krupp foram tratadas de forma conservadora e com boa evolução clínica.

Bruno Krupp está preso por atropelar e matar um adolescente quando pilotava uma moto em alta velocidade, sem placa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O modelo não tinha habilitação.

O laudo foi assinado pelo coordenador médico do Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, onde o o modelo ficou detido em tratamento, no último dia 2 e entregue pela Central de Cumprimentos de Mandados de Bangu, nesta segunda-feira (5), à 4ª Vara Criminal.

No documento, o médico Vicente Eduardo Amado de Sousa informou que o influenciador digital permaneceu internado em Bangu depois de ser transferido de uma unidade privada no Méier entre 6 de agosto e 1 de setembro, quando recebeu alta. Segundo o coordenador médico, o paciente foi liberado para a unidade prisional depois da realização do tratamento e exames complementares para o correto diagnóstico.

Ainda segundo o laudo, Bruno Krupp apresentou suspeita de derrame articular associado a lesão ligamentar de joelho direito durante a estadia no hospital penitenciário. Tal lesão gerou o pedido de uma ressonância nuclear magnética realizada no último dia 30.

O juiz Gustavo Gomes Kalil havia determinado a apreensão do laudo depois de diversos pedidos não atendidos pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) para o envio do documento. A Justiça queria entender como estava a saúde do acusado, mas não conseguia informações através da Seap.  

No documento, o médico afirma que o jovem também apresentou abertura espontânea de sutura em trauma de parede abdominal e infecção em um hematoma do joelho direito. A defesa do influenciador digital entrou com um novo pedido de soltura que está previsto para ser analisado pela 2ª Câmara Criminal no dia 13 de setembro.

RELEMBRE O CASO

O influenciador digital Bruno Fernandes Moreira Krupp foi preso no dia 3 de agosto por ter atropelado e matado João Gabriel Cardin, de 16 anos. A perna da vítima foi amputada no momento do acidente e encontrada cerca de 150 a 200 metros do local da batida. O crime ocorreu na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no dia 30 de julho.

O influenciador também já tinha passagens pela polícia por estupro e estelionato. Em julho deste ano, uma mulher denunciou que foi até a casa de Bruno e o modelo forçou relações sexuais com a vítima e, apesar de ter ingerido bebidas alcoólicas, a vítima relatou não estar vulnerável e ter pedido para o que o agressor parasse o ato.

Em abril de 2021, Bruno também foi investigado por estelionato por ter deixado uma conta de R$ 428 mil sem pagar num hotel em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com a gerente do hotel, o modelo enganava outros hóspedes afirmando que para obter preços de estádia mais baratos eles deveriam fazer depósitos na conta de um amigo do influenciador. O caso já foi denunciado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) que acusa o modelo de estelionato junto com um comparsa.

Além disso, o MPRJ identificou ainda o nome do modelo Bruno Krupp na folha de pagamentos secreta da Fundação Ceperj do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a planilha obtida pelo Ministério Público, o réu pela morte do adolescente, sacou R$ 4.740,00 em espécie em uma agência do Banco Bradesco, no prédio comercial O2 Corporate & Offices, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, entre maio e junho.

Em nota, a Fundação Ceperj afirmou que "Bruno Fernandes Moreira Krupp não é funcionário da instituição, já que o contrato assinado com a Fundação diz respeito a uma prestação de serviços, sem qualquer tipo de vínculo empregatício".

*Sob supervisão de Natashi Franco