Caso Raquel: Diretor de escola de samba chega para depor na delegacia

Fábio Azevedo da Silva chegou acompanhado de quatro seguranças e do advogado. Raquel, de 11 anos, morreu depois de ser imprensada por um abre-alas

Felipe de Moura*

A menina Raquel morreu com apenas 11 anos Reprodução
A menina Raquel morreu com apenas 11 anos
Reprodução

O diretor da escola de samba “Em Cima da Hora” chegou para depor na 6ª DP (Cidade Nova), no Centro do Rio, na tarde desta terça-feira (26). Fábio Azevedo da Silva estava acompanhado do advogado e de quatros seguranças.

Ele vai ser ouvido no caso da morte da menina Raquel Antunes da Silva, de apenas 11 anos, que foi à óbito depois de ser esmagada entre um poste e uma alegoria da “Em Cima da Hora”, na dispersão do sambódromo, na Rua Frei Caneca.

O motorista que conduziu o carro alegórico da escola de samba também é esperado para depor.

RELEMBRE O CASO

Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, morreu no Hospital Souza Aguiar, na tarde da última sexta-feira (22). A menina foi esmagada por um carro alegórico da escola de samba “Em Cima da Hora” na última quarta-feira (20). Segundo a família, ela havia subido no veículo para fazer uma foto.

Ela chegou a ser atendida pelo posto de saúde, instalado na Sapucaí, mas foi transferida em estado grave para o hospital. Ela passou por um procedimento cirúrgico, com duração de mais de oito horas na madrugada do acidente e teve uma das pernas amputadas.

Depois do acidente, a Justiça decretou que todos os carros alegóricos devem ser escoltados da saída do Sambódromo até os barracões. Crianças e adolescentes devem ser proibidos de subir nos veículos.

“Eles têm que fazer alguma coisa, essa escola. Ninguém nem me perguntou nada. Isso não pode ficar impune”, lamentou Marcela Portelinha Antunes, mãe da vítima, na porta do hospital no dia em que a filha ainda estava internada.

*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco