A remoção de navios abandonados na Baía de Guanabara avançou mais uma etapa nesta quinta-feira (29), com o início da operação que deve retirar cinco embarcações da água.
O Tremendão foi a primeira delas. À medida que o barco era retirado, os sinais de decomposição vinham à tona. Quase não dava para ler o nome da embarcação, que o pescador Maxuel Monteiro da Costa conhecia muito bem.
“Quando eu era magrinho, eu trepava nessas torres aí. A gente chega a se emocionar, mas é isso aí”, relembra.
Segundo Álvaro Sálvio, diretor-presidente da concessionária PortosRio, responsável pela operação, os outros quatro barcos serão removidos em um prazo de 25 dias, com um custo de R$ 600 mil.
“Essa retirada está sendo bancada pela iniciativa privada. Se a gente for depender realmente do estado, sabe das dificuldades. Licitação demora”, explica.
A retirada de barcos abandonados começou em maio deste ano, seis meses após um navio à deriva colidir com a Ponte Rio-Niterói.
Um levantamento da Marinha indicou 51 embarcações abandonadas na Baía de Guanabara.
“Essas embarcações estavam impedindo que fosse realizada a atracação dos pesqueiros, que tem uma importância comercial grande. A remoção das embarcações e a dragagem de um canal na região vão ajudar a reduzir os custos do setor pesqueiro, inclusive para os consumidores”, reforça o Comandante Alessander, Capitão dos Portos do Rio de Janeiro.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.