A assinatura do contrato para o novo serviço de bilhetagem eletrônica no município do Rio, deve acontecer em até 45 dias. A informação, da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), foi confirmada, depois que o Consórcio Bilhete Digital (CBD), nova empresa responsável pelo sistema, teve o processo de concessão homologado no Diário Oficial do Município. O período de concessão é de 12 anos, podendo se estender pelo mesmo tempo. A ideia é que o projeto seja implementado em 2023 no BRT e se estenda para os ônibus, vans e VLTs em 2024.
O processo de licitação teve quatro empresas participantes que apresentaram diferentes propostas para a concessão da bilhetagem. Foram elas:
- Consórcio Bilhete Digital: R$110 milhões
- Consórcio Tacom: R$108 milhões
- Sonda Mobility: R$84 milhões
- AutoPass: não foram divulgados valores
A Consócio Bilhete Digital foi habilitada em setembro, mas a empresa precisou passar por vistorias, junto ao DETRO, para verificação de irregularidades. Todos os documentos necessários foram entregues à SMTR. Mas apesar, disso o processo foi para homologação da empresa foi conturbado.
Mesmo em primeiro lugar com a proposta financeira e habilitação garantida, o CBD passou por diversos imbróglios judiciais, sendo desclassificados do processo por duas vezes. A primeira aconteceu no início de agosto quando foi acusada pela Sonda Mobility de inconsistências em custos operacionais e impostos.
Mas, na mesma semana, uma decisão judicial colocou a Bilhete Digital de volta no processo licitatório. A Justiça confirmou a presença dos erros, mas afirmou que estes podem ser corrigidos pela empresa.
Uma segunda inabilitação aconteceu em outubro quando o Consórcio Tacom entrou com um recurso administrativo alegando falta de comprovação de regularidade fiscal. A medida foi revogada pela Comissão Especial de Licitação no último dia 20.
BENEFÍCIOS DA BILHETAGEM ELETRÔNICA
O projeto de bilhetagem eletrônica acontece pela alta demanda de transparência nos gastos e lucros dos transportes no Rio de Janeiro. Desde o início do mandato, em 2021, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, defende um maior controle do caixa aqui no município.
“A ideia é que esse controle passe totalmente para as mãos do município. Isso fica mais fácil você identificar o que se está arrecadando, quantas pessoas estão utilizando o sistema”, relatou durante uma coletiva de imprensa em fevereiro de 2021.
A bilhetagem eletrônica nada mais é do que o serviço de passagens através de cartões. Atualmente, esse serviço é feito pela Riocard.
Com o sistema, o passageiro tem mais agilidade no embarque, o sistema garante mais transparência e gerenciamento das contas públicas, além de possibilitar e facilitar a integração entre modais municipais.