Corte de orçamento: Colégio Pedro II fala em "indisponibilidade financeira"

Último bloqueio atingiu o valor de R$11 milhões

Karol Neves*

O bloqueio é de mais de R$ 11 milhões Reprodução
O bloqueio é de mais de R$ 11 milhões
Reprodução

O Colégio Pedro II afirmou que não terá como pagar bolsas de ensino, de pesquisa, de extensão, de culturas, auxílios estudantis e serviços como limpeza e vigilância, após o último corte orçamentário feito pelo Ministério da Educação (MEC). Na última quinta-feira (01), foi divulgado o bloqueio no valor de R$11.298.069,00.

Em nota, o CPII afirmou que "no cenário atual, o CPII e demais Instituições estão impedidas de realizar qualquer tipo de empenho ou execução de natureza orçamentária, tendo em vista a completa indisponibilidade financeira. O CPII encontra-se com o 'caixa zerado' e ainda com o agravante de ter que reajustar os pagamentos previstos a serem executados a partir da data do primeiro bloqueio. Tal situação tende a gerar profunda instabilidade na relação com fornecedores, possível comprometimento da prestação de serviços ao Colégio e, persistindo o atual cenário, iminentes judicializações contra o CPII por não honrar compromissos já assumidos e pagamento das contas".

No dia 28 de novembro, a instituição teve R$ 7,5 milhões bloqueados. Na manhã do dia 1º de dezembro, houve o desbloqueio desse valor. No entanto, no fim da tarde do mesmo dia, o MEC bloqueou um valor ainda maior: mais de R$ 11 milhões, sendo que quase R$ 2 milhões desse montante é destinado à assistência estudantil.

CORTES DE ORÇAMENTO DA UFRJ

A situação orçamentária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ficará ainda mais grave com o novo corte do governo federal no orçamento do Ministério da Educação (MEC) da última segunda-feira (28). A universidade afirmou que deixará de receber R$ 9,4 milhões.

Ao todo, o MEC terá bloqueado um valor de até R$ 1,68 bilhão do orçamento, sendo R$ 220 milhões das universidades públicas e institutos federais de educação. Com isso, o funcionamento das universidades está em risco, já que serviços básicos como a limpeza e a segurança precisam dessa quantia para continuarem operando.

*Sob supervisão de Natashi Franco