Com uma expectativa para aumentar as vendas em até 14%, o dia das crianças chega para movimentar novamente o comércio. A data é a terceira que mais vende no ano, só fica atrás do Natal e do Dia das Mães. Com o afrouxamento das medidas de restrição, quem irá presentar as crianças está dando preferência para as lojas físicas.
Segundo da Fecomércio, cerca de 40% dos moradores do Rio optaram por ir presencialmente às lojas comprar os presentes. As compras virtuais seguem com um número menor, 23% das pessoas vão fazer compra pelas plataformas online.
"Eu prefiro ir na loja porque pela internet a gente pode acabar caindo em golpe. Aqui, eu vejo tudo e tenho a certeza que o produto vai chegar na minha casa junto comigo. O problema é que esse ano as coisas estão mais caras, eu estou correndo atrás de preços menores", comentou Cristiane dos Santos, que estava procurando presentes para uma ação social de Dia das Crianças.
O setor também aposta na geração de empregos durante esse período. Ainda que a maior parte dos contratos seja temporário, a chance de efetivação após o feriado ainda existe.
"Em relação a 2020, a gente está com crescimento nas vendas. O movimento no próprio dia 12 é grande, tivemos que contratar mais pessoas, o efetivo cresceu de 20% a 30%, sempre temos chances de efetivação mesmo após o período", comentou o gerente de loja, Bruno Mattos.
Na dúvida do que comprar, muitos pais acabam levando os filhos para escolher o próprio presente. Entre os itens mais comprados no período, de acordo com um levantamento do e-commerce Brasil, bicicleta, skate e patins estão entre os produtos com mais procura para a data. Mas com a chegada do TikTok, um dos itens infantis mais pesquisados em site de vendas foi o polvo do humor, dupla face, que viralizou na rede social.
"Os pais estão buscando mais brinquedos educativos, acho que é até porque eles têm passado mais tempo em casa com as crianças", finalizou o gerente.
Com a data bem próxima, quem ainda não recebeu em casa os presentes comprados pela internet pode fazer uma reclamação administrativa. O reembolso do valor, ou a troca por outro produto estão entre as opções para consumidores que foram lesados.
"Muitas vezes, esses objetos que eram para ser entregues no dia das crianças, de repente já não faz mais sentido depois da data. As pessoas acabam indo até uma loja física para comprar um novo produto porque a frustração da criança sem o presente pode acabar sendo muito grande", comentou Catia Vita, advogada especialista em Direito do Consumidor que ainda recomenda que os consumidores busquem o Procon caso o problema não seja resolvido diretamente com a loja..