Nesta quinta-feira (22), é comemorado o Dia Mundial Sem Carro - data que tem como objetivo de estimular as pessoas a usarem transportes alternativos, como o metrô e bicicleta. E para ajudar na campanha, o MetrôRio fez uma campanha na Zona Sul e distribuiu para passageiros vouchers com direito à distribuição de 2.500 passagens gratuitas.
O Rafael Araújo passou por uma das estações e aproveitou a ação.
“Eu ando de metrô de vez em quando, só quando tenho que ir no Centro. Essa ação para incentivar as pessoas a usarem o transporte público é boa, traz menos poluente. Geralmente tem muito carro na rua”, conta Rafael Araújo.
Quem tem o costume de pegar o metrô todos os dias, como é o caso de Kathlen Santos, também reconhecem a importância da iniciativa.
“Eu pego metrô por causa do trânsito e ajuda bastante o meio ambiente também. A gente sabe que os veículos acabam poluindo o Meio Ambiente, o metrô e o ter, são meios mais viáveis de transporte. Porém alguns transportes públicos não colaboram com isso também, o melhor que eu vejo é o metrô mesmo”, afirmou Kathlen.
Um estudo mostra que o transporte sobre trilhos é menos poluente que carros e ônibus e contribui para a redução de emissão de CO2. Cada composição, comportando 1800 clientes, é capaz de retirar das ruas cerca de 900 carros.
“O metrô é uma alternativa que contribui muito para a preservação do meio ambiente. O sistema utiliza energia renovável, emite 46 vezes menos poluentes do que automóveis e permite a retirada de milhares de automóveis das ruas todos os dias, impactando de forma positiva a qualidade de vida dos moradores da cidade. Queremos aproveitar o Dia Mundial sem Carro para conscientizar as pessoas sobre a importância da adoção de práticas mais sustentáveis, como o uso do transporte público”, afirma Guilherme Ramalho, presidente do MetrôRio.
No caso da bicicleta, se as pessoas pedalassem 2,6 quilômetros por dia, as emissões de carbono cairiam mais de 680 milhões de toneladas anualmente.
Para Daniel Kullock, fundador do Rio Cycling, grupo com mais de 100 ciclistas que pedalam juntos, a bicicleta também é uma boa alternativa.
“Ela não tem um impacto ambiental, ela é um bom meio de transporte, você consegue fazer exercício, se transportar de maneira fácil, enfim, a bicicleta é ótima”, explicou Daniel Kullock.
A cidade do Rio tem 472 quilômetros de ciclovias, mas, em muitas regiões, essa estrutura é precária ou não chega.
“Eu acho que o que falta é dar condições de segurança viária para essas pessoas se deslocarem, calçadas em bom estado, ciclovias e segurança pública para elas saberem que podem ir e voltar em segurança”, disse Paulo César Pêgas, pesquisador de transporte da UFRJ.
*sob supervisão de Beatriz Duncan