Nesta sexta-feira (23), representantes da sociedade civil, pacientes, médicos e representantes da indústria farmacêutica se reunirão no evento que iluminará o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, de lilás. O evento acontece enquanto o projeto de lei aguarda aprovação do Congresso para oficializar o dia 23 de setembro como Dia Nacional da Conscientização sobre Dermatite Atópica e a cor lilás como seu símbolo. O objetivo é dar luz à importância do combate a essa patologia, dando visibilidade aos tratamentos e consequências, como forma de se criarem políticas públicas para pessoas que convivem com a DA.
“Datas como essa são de extrema importância para alertar a população sobre a existência de uma determinada doença, incentivar o diagnóstico precoce e ampliar a voz dos pacientes e familiares que, juntos, enfrentam uma jornada tão desafiadora”, explica Bruna Rocha, gerente geral da associação de pacientes Crônicos do Dia a Dia (CDD), uma das entidades que lidera o movimento de criação da data junto ao Governo.
A Dermatite atópica é uma doença de pele inflamatória, crônica e recorrente, com sintomas como prurido e pele vermelha, que causa muita coceira e ocorre frequentemente em famílias com outras doenças atópicas, como asma e rinossinusite – conhecida como tríade atópica. Todas têm a sua origem em comum: são causadas por uma resposta exagerada do sistema imunológico, conhecida como Inflamação Tipo 2, ligada a diferentes doenças atópicas, alérgicas e inflamatórias.
“A dermatite atópica está presente na vida de uma considerável parcela da população. De acordo com a pesquisa realizada para o Observatório da Dermatite Atópica na CDD, 38% dos entrevistados tiveram sintomas na juventude, 36% na infância e 17% até o primeiro ano de vida”, esclarece Rocha.
Os estudos mostram que muitos adolescentes entre 14 e 17 anos perdem, em média, 26 dias escolares por conta da DA. As pessoas com dermatite atópica precisam lidar com uma série de sintomas, como lesões na pele, coceira, sensibilidade, rachaduras e vermelhidão, que podem interferir na autoestima e no convívio social, levando ao isolamento, ao bullying e à depressão.
*Sob supervisão de Stephanie Mendonça