Thiago Oliveira da Silva, de 31 anos, morreu atropelado neste domingo (03), na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Ele saiu do local onde trabalhava, na Taquara, também na Zona Oeste, para fazer uma entrega na Gardênia Azul, bairro próximo, por volta de 1 da manhã de domingo.

Testemunhas afirmam que Thiago parou em um sinal de trânsito na Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes, na Cidade de Deus, e um carro teria vindo na contramão, em alta velocidade, e atropelado o motoboy. Thiago chegou a ser levado com vida para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu.

“Segundo os motoboys que estavam lá na hora, Thiago estava esperando o sinal abrir e veio um carro em contramão, em alta velocidade e com o motorista dormindo no volante. Ele invadiu a pista onde o Thiago estava parado e pegou ele de frente. Ele não teve reação, não tinha como desviar. Nesse sinal, ninguém para nem de dia, porque é um local muito perigoso. Mas o Thiago é um cara que sempre foi correto com tudo. Ele era um rapaz trabalhador, pai, um filho exemplar, um amigo exemplar. O cara que atropelou ele ainda tentou fugir, mas foi impedido pelos motoboys”, disse Fábio Furtado de Mendonça, advogado da família e amigo do Thiago.

O motorista do carro, Mateus Marcelino Mindas, foi levado para a delegacia, mas foi liberado. O registro de ocorrência mostra ainda que Mateus estava sem habilitação. Segundo os motoboys que presenciaram o atropelamento, o motorista admitiu estra bêbado. Mesmo assim, ele não realizou bafômetro.

“Foi prejudicada a acusação porque o bafômetro já passou do prazo. Já que não foi feito o bafômetro, ele vai ser no máximo enquadrado em homicídio culposo”, complementou Fábio.

O sepultamento do Thiago aconteceu nesta segunda-feira, no cemitério do Pechincha, na Zona Oeste.