Dono de bordões inesquecíveis, Apolinho morre aos 87 anos

Ele lutava contra um câncer no fígado e deixa tres filhos e sete netos

Rebecca Henze*

Dono de bordões inesquecíveis, Apolinho morre aos 87 anos
Apolinho morre aos 87 anos
Vídeo/Reprodução

*Rebecca Henze

Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu aos 87 anos nessa quarta-feira (15). Ele tratava um câncer no fígado e estava internado no Hospital Samaritano, na Zona Oeste do Rio. O jornalista inspirou gerações em mais de vinte anos de carreira no jornalismo esportivo.

Com passagens pelas rádios Globo e Tupi, onde se tornou um dos comentaristas esportivos mais renomados, Apolinho imprimiu sua marca com bordões inesqucíveis como "mais feliz que pinto no lixo", "briga de cachorro grande", "geraldinos e arquibaldos" e "chocolate" para se referir a goleadas.

Além da comunicação, sua ligação com o esporte foi um marco importante da sua carreira: foi técnico e diretor de futebol do Clube de Regatas do Flamengo, assumidamente seu time do coração.

Seu programa na Rádio Tupi "Show do Apolinho" ficou no ar durante 25 anos. Ele também teve diversos quadros ao longo da programação na rádio.

Em homenagem a Apolinho, a Tupi publicou elogios: "Irreverente e criativo, Apolinho não demorou para se notabilizar como um dos principais repórteres do rádio brasileiro. Na Rádio Tupi, a passagem mais recente foi iniciada em 1999, com o tradicional Show do Apolinho, que informou e divertiu os ouvintes, além de pautar a imprensa por mais de duas décadas."

No esporte, ele também atuou como técnico, em 1995, e diretor de futebol do clube do Flamengo, em 1998. Apesar da paixão, ao voltar para a rádio, Apolinho preferia cobrir outros times, firmando a sua famosa imparcialidade e a sua forte relação com Eurico Miranda, dirigente do Vasco da Gama.

O jornalista morreu durante a partida do Flamengo contra o Bolívar, pela Libertadores. O clube se pronunciou através das redes sociais, relembrando seus bordões mais famosos: "é impossível lembrar do Gol do Pet em 2001 sem lembrar do aviso que "acaba de chegar São Judas Tadeu" na voz de Apolinho. Ele nos deixou em uma noite em que o Flamengo venceu com "chocolate" - expressão inventada por ele para definir goleadas. "

Apolinho será enterrado nesta quinta-feira (16), às 16h, no cemitério São João Batista. O corpo dele está sendo velado na sede do Flamengo, na Gávea.

*sob supervisão de Helena Vieira