Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em uma operação que investiga denúncias contra a empresa de Priscila Karla Pereira dos Santos, conhecida como a “Rainha do Reboque”, na manhã desta quarta-feira (8). Os mandados foram cumpridos na Capital Fluminense e em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A empresa Rebocar Remoção e Guarda de Veículos é investigada por não pagar funcionários, fornecedores e não entregar os carros que foram adquiridos nos leilões. As irregularidades encontradas no contrato entre a empresa e o Departamento de Transporte Rodoviário do Estado do Rio de Janeiro (DETRO/RJ) também são investigadas pelos agentes da Delegacia de Defraudações.
Em 2019, a empresa de Priscila ganhou uma licitação pública de R$ 25 milhões e passou a ser responsável pela gestão de serviços de reboque e guarda de veículos apreendidos, além da preparação e organização de leilões públicos nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana. A investigação aponta que a empresa usava a posição para obter vantagens ilícitas.
O período do contrato teve fim em dezembro de 2021 e cerca de R$ 5 milhões deixaram de ser repassados ao Detro e aos proprietários dos veículos leiloados. Em maio deste ano, a empresa de Priscila foi despejada do pátio do Detro, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, pelo Tribunal de Justiça do Rio. O aluguel não era pago há pelo menos cinco meses.
Enquanto isso, Priscila ostenta uma vida de luxo nas redes sociais, somando mais de 400 mil seguidores no Instagram. A influencer vende uma imagem de mulher vaidosa e empresária bem-sucedida para o público, que a batizou de “Rainha do Reboque”.
Em nota, Priscila afirmou que a operação é ilegal e que vem recebendo ameaças por não aceitar se envolver em esquemas criminosos.
Além da Rainha do Reboque, outros nomes investigados são Felippe Fausto de Jesus, Carlos André de Moraes, e Igor Almeida Borges, que também são responsáveis pela empresa Rebocar. Os alvos são suspeitos dos crimes de estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco