Moradores e empresários do Centro do Rio de Janeiro, bairro de relevância história e social da cidade, buscam por melhorias na região.

Há 13 anos, Cláudio André de Castro trabalha como síndico em um prédio comercial do Centro. Ele entende bem dos problemas nessa região da cidade.

“A cidade passou por uma decadência muito grande. Ela vinha tomada por mendicância, camelotagem clandestina, buraco nas calçadas, buracos nas ruas”, lamenta.

Depois de dezenas de denúncias feitas à Prefeitura do Rio, o síndico começou a perceber que alguns pedidos foram atendidos.

“Conforme vai se retirando a desordem, vai entrando a ocupação ordenada do lugar. Então, a gente tem vivido uma melhora, e a zeladoria do Centro realmente vem melhorando muito”.

Desde 2021, proprietários de imóveis do Centro têm se reunido em busca de soluções para os problemas do local, que acabam afetando os negócios. Hoje, o grupo conta com o apoio de empresários de mais de 60 prédios do bairro.

Marcelo Haddad, CEO da Aliança Centro Rio, falou sobre a iniciativa do grupo, que busca por mudanças nos problemas estruturais do Centro.

“Esse programa tem objetivos específicos, uma numerologia específica. A gente dá visibilidade ao Centro da Cidade para que a Prefeitura e as empresas públicas passem a entender que a cidade precisa e tem um monitoramento ativo em seu próprio benefício”.

O trabalho começa com agentes de campo do Instituto Rio 21, parceiro da Aliança Centro Rio. Os profissionais percorrem quase 15 km por semana, registrando problemas locais do bairro com câmeras do celular. Já foram feitas ocorrências em mais de 80 ruas.

“Melhorar o ambiente próximo aos prédios, para você conseguir atrair mais empresas, o que vai movimentar o comércio”, explica Francisco Grelo, um dos responsáveis pela fiscalização do bairro.

Desde o início dos monitoramentos, em novembro de 2021, já foram registradas 2.122 ocorrências. Ao todo, 1.151 foram solucionadas.

*Sob supervisão de Christiano Pinho.