Alessandro Alves foi alvo de uma operação da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (28). Ele usava a confiança obtida como suposto subsecretário de Saúde do Rio para roubar receituários de remédios controlados para praticar o crime de “Boa Noite, Cinderela”, que consiste em dopar a vítima e roubá-la, sem que ela se lembre de nada.
O criminoso entrava em vários hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Rio se passando por Subsecretário de Saúde do Estado. Ele alegava estar nos locais para verificar as condições de trabalho, mas o que fazia era pegar receituários de medicamentos de uso proibido, como hipnóticos e ansiolíticos.
“Foi noticiado que tinha uma pessoa se passando por subsecretário de saúde e nós imediatamente começamos as diligências, captamos as imagens, possuímos vídeos e, a partir disso, conseguimos identificar o Alessandro. Até então, era uma pessoa sem identificação”, comentou Alan Luxado, delegado do caso.
No cumprimento de mandados de busca e apreensão, nesta quinta (28), foram apreendidos celulares, computadores e receituários médicos de diversos hospitais pelos policiais.
Alessandro vai responder em liberdade por falsidade ideológica, roubo e tráfico de drogas. O homem também contava com a ajuda de Regina Cely Sampaio Guimarães, que se passava por chefe de gabinete dele.
Se for condenado, Alessandro Alves pode pegar de um a dez anos de prisão, além de multa. A Band tentou contato com ele e a defesa do acusado, mas não teve retorno.
O Governo do Estado do Rio chegou a ser alertado pela coordenação da UPA da Tijuca sobre a visita de um homem, no dia 15 de janeiro de 2021, que se apresentou como subsecretário da pasta.
Na época, a Secretaria de Estado de Saúde registrou ocorrência na Cidade da Polícia e forneceu imagens da visita do criminoso que não faz parte do quadro de funcionários da pasta à unidade de pronto atendimento.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco