Festival do Leitor volta ao Pier Mauá depois de dois anos

Paralisado por conta da pandemia, o evento deve atrair cerca de 200 mil pessoas até o próximo domingo (15)

Felipe de Moura*

O Festival do Leitor voltou depois de dois anos paralisado por conta da pandemia Divulgação
O Festival do Leitor voltou depois de dois anos paralisado por conta da pandemia
Divulgação

O Salão Carioca do Livro (LER) – Festival do leitor, voltou nesta segunda (9), ao Pier Mauá, Zona Portuária do Rio, depois de dois anos paralisado por conta da pandemia. O evento que tem como objetivo formar leitores por meio de experiências pelo universo dos livros e da literatura, deve contar com a presença de 200 mil pessoas até domingo (15), dia do término do festival.

“A LER é incrível para qualquer artista. Ela consegue ser sempre surpreendente e impactante. É o evento que mais valoriza minha arte no Brasil em todos os sentidos. Me lembro quando comecei e nunca imaginei que hoje ela transformaria e potencializaria a minha carreira de um jeito tão especial, real e para sempre. Eu amo a LER”, afirmou Bruno Black, poeta, produtor cultural, agente literário e educador social.

Bruno tem dois saraus no festival e participa de diversas oficinas. O artista disse que a LER transformou a vida dele.

“A LER mudou minha vida quando ela dá oportunidade de um jovem favelado poder ter abraçados seus projetos de uma forma muito digna. Mesmo diante de tanta crise, ela consegue demonstrar um olhar de esperança. Ela me fez acreditar que minha arte pode ir além, ela consegue mudar a vida das pessoas com um evento fabuloso, com uma estrutura que não deixa perder para nenhuma festa literária do Mundo. Eu nunca tive um evento que valorizasse minha arte em todos os sentidos”, disse Bruno Black.

O evento vai ocupar os armazéns 3, 4 e 5 do Pier Mauá. Além de Bruno Black, o evento vai contar com as presenças de Valter Hugo Mãe, Zélia Duncan, Luiz Antônio Simas, Thalita Rebouças, Eduardo Bueno, José Eduardo Agualusa, Eliana Alves Cruz, Elisa Lucinda e outros nomes de peso e contribuição para cultura e educação.

Exposições como a do centenário da escritora Clarice Lispector, José Saramago e O Mundo Mágico das Capas de Harry Potter são apenas algumas das várias atrações do evento.

O “LER” também conta com atrações interativas, como um jogo de perguntas sobre literatura, videogames, filmes e universo pop.

“Sou uma defensora da memória da música brasileira. Estar em um evento como a LER me faz ter esperança de que os jovens de hoje irão nos ajudar a manter a chama da nossa história acesa. E, para quem não é tão jovem assim, é um deleite poder ouvir histórias sobre cenas artísticas que vivenciamos. Eu fico feliz que a LER vá além da literatura clássica, oferecendo todo tipo de conteúdo e entretenimento para gente de todas as idades”, falou Chris Fuscaldo, jornalista e escritora que vai estar presente no evento.

O festival acontece de 9h às 21h. A programação completa está no site (hiperlink) do evento e os ingressos vão de R$ 40 a R$ 200. Os estudantes de escolas municipais poderão visitar o LER de forma gratuita, além de receberem um voucher de R$ 80 para comprarem livros no evento.

“Os jovens entendem como se estivessem indo num grande passeio em busca de cultura. Isso faz a diferença. As pessoas saem de lá maravilhadas e ainda com a oportunidade de levar livros para casa. “LER” é um momento de pluralidade cultural, de uma democracia que a gente não consegue ver em qualquer lugar. Rico, pobre, todas as cores, todas as raças, todos os estilos. Todas as manifestações artísticas. “LER” é muito mais do que a gente pode mensurar nesse momento”, concluiu Bruno Black.

*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco