Um homem que se passava por agente da Receita Federal foi preso em flagrante tentando aplicar um golpe em um prédio em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na última terça-feira (18), por guardas municipais.
As câmeras de segurança do prédio registraram toda a ação. As imagens mostram quando o homem de 28 anos tenta fugir do apartamento onde mora a vítima e é impedido por ela. Eles entram em luta corporal, a mulher é empurrada, mas vai atrás dele no corredor. O porteiro do condomínio chega e consegue segurar o golpista para impedir que ele fuja.
“Eu tive que pegar ele e segurar até a polícia chegar. Eu segurei com fé e força. Ele só pedia para eu soltar ele. Eu falei que ele só ia esclarecer o que ele fez. Ele disse que não estava com arma e realmente não estava, só tinha o celular. Os guardas chegaram e imediatamente algemaram ele e levaram ele para a delegacia”, disse Francisco Carneiro, porteiro do edifício há 30 anos.
Como há uma base da guarda municipal na praça em frente ao prédio, a vítima foi correndo para a sacada e pediu por socorro. Os vizinhos e quem passava pelo local acionaram os guardas que conseguiram entrar no condomínio e prender o golpista.
A síndica do prédio disse que o homem se apresentou como agente da Receita Federal e por isso conseguiu a liberação da moradora. O criminoso disse para a vítima que ela devia imposto de renda e teria que pagar uma multa de quase R$ 10 mil se não resolvesse a situação.
“Ele tocou o interfone e disse que trabalhava na Receita Federal e que precisava conversar com ela (vítima) sobre o imposto de renda. Ela simplesmente abriu o portão, ele subiu e quando chegou na casa dela ele teve uma conversa, perguntou para ela se ela trabalhava com cartão de crédito, com pix e se tinha dinheiro dentro de casa. Foi nessa hora que ela desconfiou que era um golpe. Foi a hora que ela foi para janela gritar socorro”, falou a síndica Isaura Queiroz.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. Os agentes desconfiam que ele faça parte de uma organização criminosa e tenha feito outras vítimas.
*Sob supervisão de Natashi Franco