Golpista que se passava por agente da Receita Federal é preso em Copacabana

O bandido foi preso em flagrante ao tentar aplicar um golpe em um prédio em Copacabana, na Zona Sul do Rio

Felipe de Moura*

O homem foi impedido de sair do prédio pelos moradores Reprodução
O homem foi impedido de sair do prédio pelos moradores
Reprodução

Um homem que se passava por agente da Receita Federal foi preso em flagrante tentando aplicar um golpe em um prédio em Copacabana, na Zona Sul do Rio, na última terça-feira (18), por guardas municipais.

As câmeras de segurança do prédio registraram toda a ação. As imagens mostram quando o homem de 28 anos tenta fugir do apartamento onde mora a vítima e é impedido por ela. Eles entram em luta corporal, a mulher é empurrada, mas vai atrás dele no corredor. O porteiro do condomínio chega e consegue segurar o golpista para impedir que ele fuja.

“Eu tive que pegar ele e segurar até a polícia chegar. Eu segurei com fé e força. Ele só pedia para eu soltar ele. Eu falei que ele só ia esclarecer o que ele fez. Ele disse que não estava com arma e realmente não estava, só tinha o celular. Os guardas chegaram e imediatamente algemaram ele e levaram ele para a delegacia”, disse Francisco Carneiro, porteiro do edifício há 30 anos.

Como há uma base da guarda municipal na praça em frente ao prédio, a vítima foi correndo para a sacada e pediu por socorro. Os vizinhos e quem passava pelo local acionaram os guardas que conseguiram entrar no condomínio e prender o golpista.  

A síndica do prédio disse que o homem se apresentou como agente da Receita Federal e por isso conseguiu a liberação da moradora. O criminoso disse para a vítima que ela devia imposto de renda e teria que pagar uma multa de quase R$ 10 mil se não resolvesse a situação.

“Ele tocou o interfone e disse que trabalhava na Receita Federal e que precisava conversar com ela (vítima) sobre o imposto de renda. Ela simplesmente abriu o portão, ele subiu e quando chegou na casa dela ele teve uma conversa, perguntou para ela se ela trabalhava com cartão de crédito, com pix e se tinha dinheiro dentro de casa. Foi nessa hora que ela desconfiou que era um golpe. Foi a hora que ela foi para janela gritar socorro”, falou a síndica Isaura Queiroz.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. Os agentes desconfiam que ele faça parte de uma organização criminosa e tenha feito outras vítimas.

*Sob supervisão de Natashi Franco