O bairro do Grajaú foi eleito o mais valorizado do Rio de Janeiro, de acordo com um levantamento feito pela empresa de aluguel de imóveis, Quinto Andar. Com ruas largas e clima arborizado, o local ficou à frente de bairros da Zona Sul e da Zona Central do Rio.
Nos últimos seis meses, o Grajaú, que teve uma queda entre setembro e novembro, de 2021 registrou uma valorização estimada de 17,9%, em comparação com o período anterior. O Leblon, que ficou em segundo lugar, teve um aumento de 14,4%. Em sequência, Ipanema teve 13,7%, o Flamengo 13,3% e Santa Teresa, 12,7%.
Especialistas afirmam que a pandemia pode ter impactado nessa mudança de comportamento.
“O Grajaú é um exemplo de um bairro que tem muitos atrativos, que começaram a ser muito valorizados durante a pandemia. As pessoas começaram a procurar imóveis com mais espaço, com dois, três dormitórios”, explica o gerente de dados do Quinto Andar, Thiago Reis.
A publicitária Rarine Neves afirma que encontrou no Grajaú tudo o que mais procurava: mais espaço. Ela se mudou de Copacabana para a Zona Norte em agosto do ano passado.
“(Eu queria) um bairro tranquilo, onde eu pudesse andar e brincar com meu filho, com uma praça perto (de casa) e uma casa com espaço para que ele possa correr”, conta.
Mesmo sendo o mais valorizado, o Grajaú não é o mais caro do Rio. Este título fica com o bairro de Ipanema, superando até mesmo o Leblon. O metro quadrado da região, no mês de fevereiro, foi avaliado em R$54,90.
A pesquisa também avaliou os bairros que mais se desvalorizaram, desde setembro. A Lagoa dispara na liderança com uma desvalorização de -10,7%. O Jardim Oceânico, na Zona Oeste, ficou em segundo lugar com -2,5%. Estão na lista também a Barra Tijuca, com -1,9%, o Maracanã com -0,7% e o Engenho Novo com -0,4%.
