Tragédia em Magé: Suspeito leva tiros e é preso sob custódia no hospital

Flávio Serafim da Silva Junior, conhecido como “Bu”, está internado no hospital, depois de também ser ferido na troca de tiros

Ana Clara Prevedello*

Tragédia em Magé: Suspeito leva tiros e é preso sob custódia no hospital
Homem responsável por tragédia em Magé é preso sob custódia
Reprodução

A troca de tiros que ocorreu na noite deste domingo (19), em Magé, na Baixada Fluminense, resultou na morte de uma menina de 9 anos, Maria Eduarda Carvalho Martins, e na morte de Gabriela Carvalho de Alvarenga, de 35. As duas vítimas estavam no Bloco das Piranhas, por volta das 19h, quando o tiroteio começou. Outras 18 pessoas foram feridas.

O suspeito responsável pelo crime, Flávio Serafim da Silva Júnior, de 40 anos, que seria miliciano, conhecido como “Bu”, foi preso e está sob custódia no hospital. O acusado levou tiros na barriga, nas costas e na perna esquerda. Ele passou por uma cirurgia e no momento segue estável.

O outro homem, que teria revidado os tiros, era Rodolfo Paulo de Brito, um agente da Polícia Civil. Ele foi baleado no abdômen e submetido a um procedimento cirúrgico imediato. No momento, está no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caixas, também na Baixada Fluminense, em estado grave.

De acordo com policiais militares que foram chamados ao local, o agente teria sido reconhecido pelo criminoso, que disparou. Ao tentar se defender, o policial civil também teria disparado. No tiroteio, pelo menos 18 pessoas que estavam curtindo o bloco de carnaval ficaram feridas. Duas acabaram morrendo.

O pai de Paulo Vítor Barros da Silva, uma das dezoito pessoas feridas, falou sobre a angústia e o desespero que sente enquanto espera pelo resultado da cirurgia do filho. Ele foi baleado no ombro esquerdo, na perna esquerda e no tórax, e o estado de saúde dele é grave.

“A única esperança agora é que Deus ajude meu filho. Eu tô sofrendo muito, eu quero justiça, isso não pode ficar em branco. Tiveram outros que morreram lá também”, falou Alexandro Bezerra da Silva, o pai da vítima.

O pai de Thalisson Abreu, de apenas 15 anos, vivia a mesma angústia na porta do hospital.

“Essa notícia cai como uma bomba na vida de qualquer pai. Infelizmente, a gente tem que estar preparado pra tudo. Você não sabe o que pode acontecer, você sai de casa, não sabe se volta”, lamenta Sebastião Basílio, pai do menino que foi ferido neste domingo (19).

*Sob supervisão de Natashi Franco