O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou oito pessoas pelo incêndio que atingiu o Hospital Badim, em 2019, deixando 17 pacientes mortos, na Zona Norte do Rio. Dois diretores e quatro funcionários da unidade, além de dois diretores da empresa de geradores, Stemac estão sendo denunciados por homicídio triplamente qualificado.

“A instalação do equipamento (tanques de combustível e geradores) não obedeceu às normas técnicas vigentes de segurança, sendo o gerador abastecido por grande quantidade de combustível irregularmente acondicionado”, aponta o documento.

O MPRJ declara ainda que as 17 mortes foram decorrentes dos gases inalados por pacientes durante o incêndio.

Segundo a denúncia, Marcelo Vieira Dibo e Virgínia de Fiqueiredo Marques, diretores do Badim, assumiram o risco das mortes, ao possuírem ciência do descumprimento das normas de segurança e da precariedade das instalações do compartimento do gerador. 

O QUE HOUVE

O incêndio aconteceu em 12 de setembro de 2019, quando um princípio de fogo tomou grandes proporções no subsolo do hospital. Uma fumaça tóxica rapidamente foi espalhada, atingindo outros andares da unidade, que fica no Maracanã, na Zona Norte.

Os locais mais afetados foram o Centro de Tratamento Intensivo e a sala de tomografia.

A reportagem da Band Rio tenta contato com a defesa dos denunciados.