Influenciador golpista vendia bolsas de grife falsas na internet

Bruno Maffei tem mais de 400 mil seguidores em uma rede social

Felipe de Moura (sob supervisão de Beatriz Duncan)

O influenciador foi intimado a prestar depoimento, mas não compareceu.  Reprodução
O influenciador foi intimado a prestar depoimento, mas não compareceu.
Reprodução

O influenciador Bruno Donato Maffei está sendo investigado por estelionato depois de anunciar vendas de bolsas de grife falsas pelas redes sociais. Alguns dos pedidos não eram nem entregues. Bruno é conhecido como influenciador digital e tem cerca de 400 mil seguidores. Pelos altos números na rede, as vítimas caíam no golpe.

Ele foi alvo de busca e apreensão na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, na manhã de hoje (30). O imóvel seria de um familiar e está avaliado em R$ 10 milhões. No local, os agentes apreenderam 13 celulares, vários chips de telefone e documentos.

Amigo de famosos, o criminoso já participou até de um reality show sobre a alta sociedade carioca. No interior de São Paulo, duas mulheres pagaram R$ 5 mil através do PIX, não receberam os produtos, e depois de reclamarem, foram bloqueadas pelo suposto vendedor. A polícia descobriu que a conta estava em nome de outra pessoa, mas a foto cadastrada no banco digital era a de Bruno Maffei.

"Eu representei pela expedição de busca de mandato e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro. No Rio, foram três endereços. Um deles na Vieira Souto, onde de fato ele reside atualmente. Na semana passada a gente adentrou o imóvel, ele tentou se desfazer de três telefones celulares jogando pela janela, foi contido por dois policiais e a gente conseguiu encontrar duas bolsas e três telefones que vão se somar às provas que a gente já tem", disse o delegado do caso, Leonardo Brünguer.

O influenciador foi intimado a prestar depoimento, mas não compareceu. Ele vai ser indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por estelionato e uso de documento falso. No Rio, ele também já foi indiciado e é investigado por vários crimes. Os investigadores acreditam que o número de vítimas pode chegar a 1000 em todo o Brasil.

"As investigações que existem no Rio de Janeiro por vários delitos distintos demonstram a personalidade dele. Uma personalidade voltada para o crime", complementou o delegado Leonardo.