A Delegacia de Homicídios investiga a morte de Rafael da Silva Fernandes, baleado por criminosos no último domingo (26), em Quintino, enquanto buscava dinheiro para terminar de pagar um aparelho celular.
O jovem de 21 anos foi socorrido pelo pai, mas não resistiu após chegar ao Hospital Salgado Filho. Ele foi enterrado no Cemitério de Irajá nessa terça-feira (28) e deixou o aposentado, Francisco de Assis, comovido pela perda de dois filhos para a violência em menos de oito meses.
“Eu fico numa tristeza no meu coração, eu não tô mais suportando tanta dor. Era um garoto muito bom, muito trabalhador, o meu filho não devia nada na justiça, nem para bandido. Agora eu estou sem dormir, porque do meu filho so tenho a lembrança, meu filho não volta mais”, lamentou o pai da vítima, Francisco de Assis.
Além de Rafael, um homem identificado como João Victor Soares também foi baleado no mesmo endereço e morreu na hora. A polícia encontrou seu corpo na Rua Goiás. Segundo testemunhas os dois chegaram juntos no local do crime. A moto em que estavam, sumiu.
A família de Rafael alega que o amigo era envolvido com o tráfico de drogas e que teria sido alvo de bandidos rivais. .
Marcos Vinicius de Souza, amigo de infância de Rafael, afirmou que ele não tinha envolvimento com o crime organizado e contou que o jovem trabalhava em uma oficina mecânica.
“No trabalho ele não se envolvia com nada, estava sempre alegre, dói né? Perder um amigo assim”.
Na segunda (27) moradores da região fizeram um protesto pela morte de Rafael na Rua Goiás, na altura da estação de trem Quintino, e incendiaram lixo e objetos em repúdio à violência local.
*Sob supervisão de Christiano Pinho.