Um jovem de 19 anos foi preso, nesta terça-feira (4), durante a segunda edição da Operação Dark Room (INSERIR HIPERLINK), realizada nas cidades de Cachoeira de Macacu e Teresópolis, na Região Serrana do Rio. Ele é acusado de chefiar uma quadrilha responsável por estupro virtuais e incentivar a automutilação e o suicídio, com uso da plataforma Discord.
Na primeira parte da operação, realizada na última terça-feira (27), dois adolescentes foram apreendidos nos municípios do Rio de Janeiro e em Volta Redonda. Um deles, de 17 anos, localizado em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste da capital, era considerado um dos principais líderes do grupo.
As investigações começaram em março deste ano e revelaram que os crimes eram praticados através do Discord, uma plataforma de comunicação com suporte de mensagens de texto, voz e chamadas de vídeo.
De acordo com a polícia, o alvo da operação de hoje, o jovem de 19 anos, era o criador e administrador do principal grupo do aplicativo, onde os crimes eram cometidos. Ele usava o apelido "king", que significa "rei" em inglês. Além deste servidor, eles também utilizavam outros dois.
Nesses grupos, além dos crimes contra os adolescentes, também eram divulgados vídeos de pedofilia, zoofilia e apologia aberta ao racismo, nazismo e a misoginia. Adolescentes eram chantageadas e constrangidas a se tornarem escravas sexuais e muitos eram obrigados a sacrifícios contra animais para se tornarem membros do grupo.
As vítimas de várias partes do país eram chantageadas até que os criminosos conseguissem exercer domínio sobre elas. Na maioria das vezes, elas eram escolhidas no próprio Discord, em perfis abertos das redes sociais ou até mesmo indicadas por outros integrantes do grupo.
A PLATAFORMA
O Discord é muito utilizado pela comunidade Gamer pela facilidade de transmissão de lives.
"No Brasil, 99,9% dos usuários de Discord nunca violaram nossas políticas. Temos uma política de zero tolerância para atividades em nossa plataforma que sejam potencialmente prejudiciais à sociedade e estamos comprometidos em garantir que seja um lugar positivo e seguro para todos. Com nossos esforços para combater ameaças à segurança infantil, nós proativamente removemos cerca de 98% das comunidades que encontramos com materiais de abuso infantil no Brasil ao longo dos últimos seis meses", afirmou a plataforma em nota.
*Sob supervisão de Helena Vieira
