A linha expressa no ramal Santa Cruz vai ser retomada no dia 11 de julho. O anúncio foi feito pelo presidente da SuperVia, Antônio Carlos Sanches, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ) que investiga problemas e denúncias relacionadas ao modal.
A CPI dos trens fazia pressão pela volta do serviço e a retomada do mesmo era um dos principais objetivos da comissão.
De acordo com o cronograma da concessionária, a partir do próximo dia 11 de julho, três composições vão sair entre às 04h10 e 04h50, horário de pico matutino. Já a partir do dia 25, este horário vai ser estendido das 4h às 8h, sendo que também vai ocorrer serviço das 17h às 20h30.
Durante a audiência, o presidente da SuperVia afirmou ainda que a partir de primeiro de agosto a grade dos trens vai ser normalizada, com o serviço retornando como era antes da pandemia.
“Por quê esse cronograma e não volta de uma vez? Todos sabem que ainda temos o problema de furto de cabo. Toda vez que ocorre um problema desse, nós temos que fazer licenciamento, que é via rádio, e retirar alguns trens do trecho. Se nós colocarmos o expresso agora, e tivermos algum problema desse, o expresso deixa de ser expresso. Ele vai, inclusive, aumentar o tempo de percurso”, disse Antônio Sanches.
Antônio Carlos Sanches afirmou ainda que a empresa só tem caixa até o final de agosto e que o sistema pode entrar em colapso.
Questionado pelo deputado Luiz Paulo (PSD) sobre uma possível melhora do sistema com a volta da linha expressa de Santa Cruz, o presidente da SuperVia alegou que a retomada impacta toda a rede de trens.
“O intervalo entre os trens diminui. Porque não é só na nos ramais de Santa Cruz e Japeri, acaba impactando toda a rede. Então, tem intervalos, dependendo do trecho, que vai estar em torno de oito minutos, sete minutos, até menos. Então existe uma diminuição de intervalo, é uma melhoria geral em termos de redução de tempo. Não só de viagem, mas de redução do intervalo entre os trens”, complementou Antônio Sanches.
O deputado Waldeck Carneiro (PSB), relator da CPI, encerrou as perguntas ao presidente da concessionária questionando se “a SuperVia está animada para operar o serviço por mais 26 anos”, já que a concessão foi prorrogada até 2048.
“A SuperVia está motivada, mas temos que resolver as questões do fluxo de caixa e de investimentos. Se a SuperVia tiver os recursos para melhorar a operação, melhorar o número de passageiros, a gente consegue transformar a companhia. Mas sem esses recursos, fica difícil melhorar o nível de serviço, melhorar a infraestrutura e seguir adiante”, falou o presidente da concessionária.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco