Com mais de 2.000 obras, o projeto Livro nas Praças chegou ao Rio de Janeiro neste mês de julho. O objetivo é democratizar o acesso à cultura e ao conhecimento para toda a população. Nesta quarta-feira (19), o projeto está sendo realizado na Praça Almirante Júlio Noronha, no Leme, Zona Sul do Rio.
O Livro nas Praças não tem o objetivo de vender, mas de emprestar as obras para os leitores. Para isso, basta apresentar carteira de identidade e comprovante de residência. Cada pessoa pode levar no máximo dois livros. A devolução pode acontecer em qualquer praça onde o projeto estiver.
A iniciativa circula pelos bairros por onde passa com uma biblioteca sobre quatro rodas. O ônibus pode ser acessado todos os dias das 10h às 16h. Na quinta e sexta-feira, o ônibus-biblioteca estará na Praça Barão de Drummond (Vila Isabel) e no Parque Madureira, respectivamente. Em agosto, será a vez de escolas da Baixada terem acesso à biblioteca itinerante.
Cristina Figueiredo, diretora e idealizadora do projeto explicou que ele visa trazer acessibilidade para crianças e jovens. Ainda segundo ela, com o aumento do preço dos livros, ler se tornou caro. Por isso, é necessário ter projetos que estimulem a leitura.
Uma pesquisa realizada pela Nielsen Bookscan mostrou que houve um aumento no preço dos livros de 2022 para 2023. O bookscan é o 1º serviço de monitoramento de vendas de livro no mundo e está presente em 11 países. Os dados capturados são todas as vendas realizadas dentro de lojas físicas e virtuais.
O Painel do Varejo de Livros no Brasil também fez um comparativo entre os anos de 2022 e 2023. De acordo com o levantamento, o preço médio dos livros passou de R$ 46,21 para R$ 49,49, o que representa uma variação de 7,1%. Mas o faturamento e o volume foram menores: caíram 2,34% e 8,82%, respectivamente.
O projeto conta com 60 livros em braile, 120 com ilustração em braile para crianças, além de 60 com fonte ampliada e 20 audiobooks. Também conta com o apoio de profissionais treinados para atender pessoas com deficiência física. O veículo, inclusive, tem uma cadeira para transportar pessoas com mobilidade reduzida e PCDs.
O Livros na Praça funciona há mais de 12 anos e, em média, são atendidos cerca de 100 pessoas por dia.
*Sob supervisão de Helena Vieira.