Um menino de apenas 5 anos de idade foi esquecido por 9 horas dentro de uma van escolar em Macaé, no Norte Fluminense, na última terça-feira (18). A família de Jarbas Junior só descobriu o que tinha acontecido às 17h, depois que a diretora da escola pediu para que buscassem o menino. Ele foi para o colégio antes das 7h.

Em entrevista à Band Rio a família de Jarbas contou que está buscando ajuda psicológica para o menino que ficou sozinho dentro de uma van, com cinto de segurança afivelado, sem comer e sem beber água.

"O dano é muito grande, nosso menino tá se recusando a dormir, ele não quer dormir, ele só dorme depois de dez, onze da noite. Aqui em casa não tá podendo fechar janela, não pode fechar a porta, porque ele fica desesperado", disse a avó do menino, Vanessa Gomes.

A mãe, Carol Gomes, notou uma mudança drástica no comportamento do filho. Ela orientou a direção e as professoras da escola a observar esse fator também.

"Ele ficou bem mais agressivo, ele parece que, ele segura em nós, parece que ele tá chamando, pedindo, né, por socorro, não sei, ajuda", disse a mãe do menino, Carol Gomes.

Jarbas voltou a frequentar a escola nesta sexta-feira (21). De acordo com a mãe, o menino pediu para que não fosse mais de van. A família afirma que quer saber o que, de fato, aconteceu com o menino durante todo esse tempo sozinho. Segundo a avó, Vanessa, o menino disse que pediu socorro.

Em nota, a Prefeitura de Macaé afirmou que a "Secretaria Municipal de Educação solicitou à empresa contratada para prestar o serviço de transporte escolar imediata apuração do caso, bem como a demissão do motorista e da monitora, responsáveis pela guarda da criança, o que foi feito ontem mesmo. Também foi registrado boletim de ocorrência na delegacia para apuração dos fatos. No contexto da preocupação e melhor atendimento do aluno, a direção da escola com apoio dos profissionais da Secretaria de Educação levaram os pais e o aluno ao Hospital Público Municipal, onde a família teve atendimento e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar da prefeitura. Após às avaliações todos foram liberados pelos profissionais para que pudessem retornar à sua residência", finalizou a nota.

A Polícia Civil disse, em nota, que "o caso está sendo investigado como abandono de incapaz. Todos os envolvidos serão ouvidos e outras diligências estão em andamento para esclarecer os fatos".

Sob supervisão de Natashi Franco*