Os quatorze anos da morte da engenheira Patrícia Amieiro são marcados pela falta de respostas sobre o crime. A mulher foi assassinada na madrugada do dia 14 de junho de 2008.
A jovem de 24 anos morreu enquanto voltava de uma festa e chegava no bairro da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro e o carro que dirigia foi metralhado por policiais. Uma investigação da Polícia Civil e do Ministério Público feita na época apurou que os agentes confundiram o veículo da engenheira com o de um traficante e depois sumiram com o corpo da jovem.
O corpo de Patrícia nunca chegou a ser encontrado e a família sofre com a falta de respostas sobre o crime há mais de uma década. No final do ano de 2019, dois policiais foram condenados por fraude processual, mas todos os quatro envolvidos no crime foram absolvidos pelo crime de homicídio.
“Minha sobrinha ao ver o noticiário do caso da Patrícia, me pergunta: 'vó, porque a Polícia matou a tia Paty. A tia Paty não era bandida'. Eu não sei o que responder porque não tem resposta", relatou Tânia Amieiro, mãe de Patrícia.
Em 2020, uma nova testemunha chave apareceu no caso. Um taxista que passava pelo local no momento do crime procurou a BandNews FM para relatar as dinâmicas do crime. O homem conta que viu policiais retirarem Patrícia com vida e pedindo socorro do carro. Além disso, outros dois policiais militares foram vistos alterando a cena do crime posteriormente.
A testemunha prestou depoimento ao Ministério Público e pode ser ouvida novamente em um novo júri do caso. Essa decisão é possível devido ao fato de, tanto os advogados da família Amieiro, quanto o dos policiais militares acusados, terem entrado com recursos sobre a decisão do julgamento de 2019.
A família acredita que um novo julgamento vai mudar o curso do caso e finalmente as circunstâncias da morte de Patrícia vão ser reveladas.
“Essa testemunha vai ser fundamental para provar a culpa dos policiais militares no caso", afirmou Alexandre Dumãns, advogado da família de Patrícia.
*Estagiário sob supervisão de Stephanie Mendonça