Pelo menos três novas vítimas do médico anestesista que estuprou uma mulher durante o parto são ouvidas pela polícia na manhã desta terça-feira (12). São esperados também, depoimentos de funcionários da unidade hoje na delegacia.
Na última segunda-feira (11), uma jovem de 23 anos também procurou a delegacia depois de ficar sabendo sobre o caso. A mulher acredita que foi vítima do mesmo anestesista durante o parto de gêmeos na última quarta-feira (6). Um dos bebês não resistiu ao procedimento e o outro está internado em estado grave.
"Sentimento de indignação. Não só de tudo que ele fez comigo, mas de não poder ter segurado meu filho, do meu esposo não ter podido acompanhar meu parto. Ele me privou de ver meu filho vivo antes dele falecer. Pra mim, é muito revoltante", afirmou a jovem.
Familiares da jovem relataram que a mulher chegou da cesariana com o rosto sujo. As cirurgias com a participação do anestesista tinham as mesmas características. Além da alta dosagem da anestesia, as mulheres em trabalho de parto não costumavam ser acompanhadas e, quando havia um acompanhante, ele era retirado da sala de cirurgia no meio do procedimento.
"O primeiro parto foi normal e o médico falou que o segundo seria cesariana. Eu não entrei no começo, entrei na metade da cesariana e fiquei por volta de 2 minutos só. Aí, pediram pra eu sair. Ele (Giovanni) falou que eu podia sair. Eu não entendia o procedimento que estava acontecendo e o médico estava com dificuldade para achar a criança na barriga", relatou o pai dos gêmeos.
A audiência de custódia de Giovanni Quintella Bezerra acontece na tarde desta terça-feira (12). Os advogados que iriam representar o médico também deixaram o caso e declararam não ter interesse em representar Giovanni.
O anestesista foi filmado forçando sexo oral em uma paciente dopada durante uma cesariana na madrugada da última segunda-feira (11). Funcionárias do hospital decidiram filmar o procedimento por desconfiar do comportamento do médico em outros partos. A gaze recolhida no lixo pela equipe de enfermeiras foi enviada para a perícia.
*Estagiário sob supervisão de Natashi Franco