Uma operação policial na manhã desta segunda-feira (26) deixou motoristas em meio ao fogo cruzado na Linha Vermelha, umas das principais vias expressas da cidade, que faz ligação entre a Zona Norte e o Centro da Cidade. Policiais militares fecharam a via e correram nas pistas, apontando as armas em direção à comunidade.

Diante dos disparos, motoristas e passageiros saíram dos veículos, deitaram no chão e tentaram se proteger perto da mureta divisória da pista. A Linha Amarela, que liga as Zonas Norte e Oeste, também foi impactada. No início da manhã, carros voltaram na contramão para tentar fugir dos tiros.

Por conta do tiroteio intenso, a UFRJ suspendeu as aulas do turno da manhã no campus Cidade Universitária, próximo ao Complexo da Maré. Trinta e cinco escolas municipais da região também não abriram as portas nesta segunda-feira (26), para garantir a segurança de alunos e funcionários.

O Centro Municipal de Saúde Vila do João e as clínicas da família Augusto Boal, Adib Jatene e Jeremias Moraes da Silva, na região da Maré, e a Clínica da Família Mestre Molequinho do Império, na região da Serrinha, interromperam o funcionamento.

A ação aconteceu depois que informações de inteligência deram conta de um movimento de invasão de comunidades rivais por parte da quadrilha que domina o Complexo da Maré. Por isso, Policias Civil e Militar entraram com cerca de 120 agentes no conjunto de favelas. A ação conta com seis veículos blindados, além de aeronaves. Até o momento, foram apreendidos quatro fuzis, quatro pistolas e uma granada. Um fuzil foi deixado para trás por criminosos. Cinco suspeitos morreram durante o confronto. 19 pessoas foram presas. 

Outras comunidades sob influência da mesma facção também contam com operações policiais como o Dendê e a Serrinha, também na Zona Norte do Rio.

*Sob supervisão de Natashi Franco