A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (16), a nova política de preços de diesel e de gasolina. A partir de agora, os reajustes não terão mais base na cotação internacional do preço do petróleo e na cotação do dólar. Segundo Jean Paul Prates, presidente da empresa, amanhã (17), o valor do diesel será reduzido em R$ 0,44 e o da gasolina em R$ 0,40 para as distribuidoras.
"Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", disse a Petrobrás, em nota.
De acordo com a empresa, a nova medida vai permitir flexibilizar os preços dos combustíveis. Ou seja, torná-los mais competitivos em relação ao mercado nacional e internacional e mais atraentes para os consumidores. Segundo a nota da Petrobras, a nova estratégia usa duas referências de mercado: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado e o valor marginal para a empresa.
O valor marginal vai passar a ter base no "custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino", o que significa que vai impedir que a Petrobras venda combustíveis a um preço muito baixo, por exemplo.
"Era hora de 'abrasileirar' os preços dos combustíveis", disse o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele ainda prometeu que a empresa vai continuar atrativa para os investidores.
Horas depois da divulgação do reajuste da política de preços, a Petrobras divulgou também que, a partir desta quarta-feira (17), a venda de diesel A para as distribuidoras vai passar de de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro. Considerando a mistura para a venda ao consumidor final nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,69 a cada litro vendido na bomba.
Já em relação à gasolina, o preço médio ao consumidor final pode atingir valor de R$5,20 por litro, como média nacional.
*Sob supervisão de Helena Vieira