Aílton Guimarães Jorge, de 81 anos, foi alvo de um novo mandado de prisão nesta sexta-feira (1°) durante uma operação da Polícia Federal. Ele é apontado como um dos principais bicheiros do Rio de Janeiro. 

Capitão Guimarães, como é conhecido, seguirá em prisão domiciliar, condição em que já estava desde dezembro de 2022 por força de outro mandado. O Ministério Público foi favorável a decisão do juiz Juarez Costa de Andrade, que levou em consideração a idade do contraventor para mantê-lo em casa. Guimarães tem mais de 80 anos.

Além dele, outras doze pessoas foram presas, entre elas seis policiais: um federal aposentado, dois civis e três militares – destes, dois estão inativos.

Ao todo, foram expedidos 13 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão. Entre os presos está ainda um assessor parlamentar da Câmara Municipal de Vitória, no Espírito Santo. 

O dinheiro em espécie apreendido ainda é contabilizado, mas totaliza mais de R$ 1 milhão. Entre o montante estavam mais de 150 mil reais que eram levados na mala de um carro para um bunker da quadrilha. O veículo foi interceptado na Ponte Rio-Niterói.

Capitão Guimarães é acusado de chefiar uma quadrilha responsável por homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de armas de fogo.

Segundo as investigações, o contraventor teria controle dos jogos de azar e de caça-níqueis em bingos clandestinos na Ilha do Governador, em Niterói, São Gonçalo e Espírito Santo. Três núcleos criminosos subordinados a ele controlavam o monopólio, praticando diversos crimes.

Todo o dinheiro arrecadado com apostas era levado para uma espécie de bunker, em Niterói. Os agentes apreenderam quase R$ 130 mil em espécie na casa do genro de Capitão Guimarães, também preso hoje.

A Band Rio tenta contato com as defesas dos citados.

*Sob supervisão de Christiano Pinho.