A Polícia Militar tenta localizar e prender os criminosos responsáveis por atacar um blindado da corporação na madrugada desta quarta-feira (7) na Praça Seca, próximo à base da UPP do Bateau Mouche, na Zona Oeste do Rio. A investigação aponta que o motivo do ataque foi para vingar a morte do chefe do tráfico, conhecido como DVD.
De acordo com a polícia, os agentes faziam um patrulhamento de rotina, quando foram recebidos com tiros. Também foram arremessadas pedras, granadas e coquetéis molotov contra o blindado. O ataque causou incêndio na parte inferior da viatura, até que o fogo se espalhou. Dois policiais inalaram fumaça e foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros, mas já foram liberados. As chamas também já foram controladas.
Depois do ataque, os responsáveis pelo crime fugiram.
"Esses ataques mostram, simplesmente, o desprezo que eles têm pela autoridade (...) Então, o que estamos vendo aí é a manifestação da incapacidade do Estado brasileiro em nos dar uma resposta adequada para que, pelo menos, esses criminosos se sintam intimidados", explicou o especialista em segurança pública, Paulo Storani.
DVD foi morto no último domingo (4) durante uma operação na mesma região. A polícia considerou o carro em que ele estava suspeito e, durante a perseguição, os disparos entre os agentes e os criminosos começaram. DVD do Bartô chegou a ser socorrido em uma unidade, mas não resistiu.
O caveirão que foi atingido é do modelo novo, que foi entregue à PM no ano passado, em uma leva de outros seis veículos. Ele vai passar por uma perícia técnica para saber se poderá ser utilizado novamente.
"O blindado talvez não tenha condição de ser recuperado, mas mostra também que ocorre limitações na estrutura do Estado hoje a responder situações como essa. A perda material da guarnição faz parte do que se é previsto. Mas a viatura estava parada, não estava em deslocamento para dentro da comunidade", concluiu Storani.
Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro se pronunciou sobre o ataque, considerando-o "inadmissível".
"Nossa luta contra o crime é diária. Não vamos permitir que a bandidagem se crie aqui. Nada vai impedir o trabalho das polícias. Esse ataque de hoje a um blindado que estava numa base do Batalhão de Jacarepaguá é inadmissível", declarou ele.
*Sob supervisão de Helena Vieira