Prefeitura faz primeiro treinamento de 2023 em áreas com risco de deslizamento

O exercício simulado aconteceu na Zona Sul, para moradores da comunidade Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, Babilônia e Chapéu Mangueira

Ana Clara Prevedello

Prefeitura faz primeiro treinamento de 2023 em áreas com risco de deslizamento
O treinamento contou com vários moradores das comunidades da Zona Sul.
Divulgação TV Band Rio

A Prefeitura do Rio fez hoje (12) o primeiro treinamento do ano para a desocupação de comunidades em áreas com risco de deslizamentos. O exercício simulado aconteceu na Zona Sul, para moradores da Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, Babilônia e Chapéu Mangueira, mas outras quatro ações estão previstas na Zona Norte, no Centro e na Grande Tijuca.

O treinamento funcionou por um teste simulado do toque de sirenes do Centro de Operações Rio, que é acionado em fortes temporais. Os moradores da região receberam o alerta, por meio do celular ou por uma notificação pelo aplicativo do COR, e se dirigiram para o ponto de apoio combinado pela Prefeitura do Rio e pela Defesa Civil.

No local, receberam uma camiseta com todas as orientações necessárias para o momento em que ouvirem a sirene e estiverem em situações reais de deslizamento.

Flávio Valle, subprefeito da Zona Sul, participou do treinamento e reforçou que o deslocamento para o ponto de apoio é fundamental.

“Queremos informar a população sobre a importância do acionamento da sirene e também do procedimento que as pessoas têm de fazer caso a sirene venha a tocar. O recado que queremos passar é o de manter a credibilidade sobre o acionamento. Esse é um sistema preventivo, então, na maioria das vezes em que a sirene é acionada, não vamos ter ocorrência. Mas, como pode ocorrer algo, precisamos que a população siga os passos para chegar ao ponto de apoio. Para que, caso ocorra algum incidente, não tenhamos a perda de vidas”, afirmou.

Os moradores das comunidades em treinamento elogiaram a iniciativa.

“A sirene é boa porque é um alerta para a comunidade. Quando não existia, a gente não tinha esperança do que ia acontecer. Com ela, sabemos o que vai acontecer e podemos recuar, sair do local de perigo para um lugar seguro. A sirene ajuda o morador a se situar”, disse a aposentada Lucimar Paiva, de 60 anos, que mora na comunidade do Cantagalo desde que nasceu.

Desde 2011, 52 simulados foram feitos em toda a cidade do Rio, 35 deles nos últimos dois anos. A cidade conta com 162 sirenes em 103 comunidades, e quase 200 pontos de apoio. Em 2021, as sirenes foram acionadas em 12 ocasiões e, em 2022, em oito. Ao todo, 72 acionamentos aconteceram desde que as sirenes foram criadas.

*Sob supervisão de Danillo Carneiro