Uma produção clandestina de feijões "pintados" foi encontrada nesta segunda-feira (12) em um imóvel na Gamboa, na Zona Portuária do Rio. Os feijões tingidos estavam sendo vendidos em uma feira em São João de Meriti quando uma equipe da Delegacia Especial de Crimes contra o Consumidor (DECON) apreendeu o material. No local, os agentes encontraram feijão fradinho de cor esverdeada sendo comercializado como feijão de corda, que é mais caro. O problema é que o produto era impróprio para consumo.
Os policiais localizaram o responsável pela fraude, um homem de 43 anos, comercializando os feijões em uma feira, no bairro Vilar dos Teles. No local, ele afirmou que já realizava essa prática tanto na Baixada Fluminense, nos dias de semana, quanto no município de São Gonçalo, em uma feira nordestina no bairro de Neves, aos finais de semana.
O responsável pela produção clandestina informou aos policiais que o "negócio" começou em São Paulo e que há um ano ele decidiu trazer para o Rio de Janeiro. A fábrica clandestina na Gamboa foi interditada e o responsável foi preso pela prática de crime contra as relações de consumo.
"A atuação dos criminosos era tingir o feijão branco, que tem um valor bem inferior, em verde, que é vendido por um valor bem superior. Sendo verificado que o produto já havia saído da fábrica e (havia) sido encaminhado pra uma feira, em São João de Meriti, para venda, uma equipe da delegacia foi ao local e constatou o crime. O vendedor estava lá na feira expondo o produto impróprio para o consumo. Ele confirmou que realmente sabia que fazia a venda do produto impróprio" disse a delegada Carina Bastos.
De acordo com uma pesquisa de mercado, foi verificado que o preço médio do feijão branco custa R$6,50, e o feijão verde, R$27,50.