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Rali na Zona Norte: obras do Terminal Gentileza deixam ruas esburacadas

Com a mudança do trânsito, o alto número de veículos passando pelo local provocou diversos buracos no asfalto.

Felipe de Moura*

Os buracos estão cada vez piores Reprodução
Os buracos estão cada vez piores
Reprodução

Rali na Zona Norte? Essa é a reclamação de moradores sobre as ruas de São Cristóvão, bairro da Zona Norte do Rio, por conta das obras para a construção do Terminal Gentileza, que começou há cerca de um mês.

Com as interdições, o trânsito precisou ser remanejado para ruas internas do bairro. Dessa forma, o excesso de veículos circulando pelo local provocou diversos buracos no asfalto.

“Está passando mais carros que deveria, com um asfalto precário, consertaram e já está ruim de novo. É muito problema que está acontecendo, já ‘deu’ (sic) três acidentes. Inclusive, um derrubou o poste e a pessoa quase veio a falecer. Essa mudança de trânsito só piorou as ruas. O asfalto está se rompendo todo. A gente acordou hoje com uma poeirada horrível, os bares e restaurantes mais vazios, muito triste”, disse Leonardo Machado, comerciante da região há 36 anos.

No último sábado, a prefeitura do Rio iniciou um reparo emergencial no piso de um dos sentidos da Rua São Cristóvão, no trecho entre as ruas Escobar e Figueira de Melo. As obras devem durar cerca de 30 dias. Agora, com essa nova interdição parcial, o itinerário precisou ser novamente alterado.

“O trânsito está todo invertido. Não avisaram ninguém com antecedência. Está muito ruim. São Cristóvão está entregue mesmo. É a terceira vez que muda o trânsito em um mês, o comércio só piora, o trânsito só piora. Está horrível”, reclamou Leonardo.

A Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), responsável pelas obras, recomenda que os motoristas que desejam ir para a Avenida Francisco Bicalho, devem seguir pela Rua da Igrejinha, contornar o campo de São Cristóvão e o Centro de Tradições Nordestinas, a Rua Figueira de Melo e depois a Avenida Pedro II até a Francisco Bicalho.

“Infelizmente a gente não tem muitas soluções para um aumento repentino de tráfego numa determinada via que não estava preparada para aquela finalidade. Todas alternativas envolvem a realização de técnicas e a realização de obras de grande porte que, por vezes, num estudo de impacto técnico, econômico e ambiental ele não se sustenta”, comentou Filipe Nascimento, professor de Pavimentação e Estradas do Ibmec.

Em nota, a CCPar informou que a “obra foi necessária para manutenção da via que passou a receber maior tráfego de veículos após interdição do acesso direto da Av. Brasil para a Av. Francisco Bicalho. Os desvios não são permanentes: após a conclusão do Terminal Intermodal Gentileza o acesso interditado será reestabelecido em nova configuração por trás do terminal”.

*Sob supervisão de Natashi Franco