A vacinação contra o coranavírus para crianças de seis meses a 4 anos com comorbidades ou deficiências foi prorragada até a próxima sexta-feira (25). Até o momento, foram aplicadas cerca de 5.700 doses da Pfizer infantil em pessoas dessa faixa etária. O prazo foi adiado por causa da baixa procura até o momento.
"A limitação da vacinação a crianças com comorbidades pode ser uma das razões para a baixa procura. Muitos não tem seu diagnóstico estabelecido. Essa limitação é um erro estratégico não só para as crianças, mas tem implicação direta nas medidas de controle da epidemia", explicou Tânia Vergara, infectologista e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Por conta do número limitado de doses desse tipo de imunizante, apenas 9.390, a vacinação está sendo realizada em unidades de saúde específicas, das 8h às 17h, até que novas remessas sejam enviadas pelo Ministério da Saúde. Confira a lista das unidades de saúde.
"A gente está vendo o número de internações de crianças aumentando. Então, é muito importante que o Ministério da Saúde faça um planejamento para que compre vacina para todas as crianças de 6 meses a 4 anos. Essa foi a recomendação do nosso Comitê Científico. Percentualmente, o maior número de internação é de crianças neste momento, que foi o grupo que não se vacinou", comentou o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz.
Para que a criança seja vacinada, o responsável deverá apresentar comprovante (exames, receitas, relatório médico, prescrição médica, etc) demonstrando que ela pertence a um dos grupos de comorbidades prioritárias para a vacinação.
"Todos os não vacinados correm um risco maior de infecção e evolução para doença grave e óbitos. As crianças correm o mesmo risco que a população adulta. Aliás, conforme amplamente divulgado, as sociedades médicas não concordam com a limitação da vacinação às crianças com comorbidades. Todas as crianças estão sob risco. É muito difícil determinar a presença de comorbidades em crianças nesta faixa etária, mesmo que estejam presentes", disse Tânia Vergara.
Também é fundamental que, além dos responsáveis levarem as crianças para tomar a primeira dose, que eles retornem à mesma unidade de saúde para a segunda dose do esquema.
"É muito importante tomar a vacina contra esse vírus. Eu estava com medo porque ele é especial, agora, depois da vacina, eu fico sem medo, aliviada", disse Valdeni Lima, desempregada e mãe do Bernardo, de 2 anos, que tomou a primeira dose da vacina na semana passada.
Nesta quarta-feira (23), 202 pessoas estão internadas na rede SUS da capital com Covid-19. Vinte e seis aguardam vaga e a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria é de 64%. Até aqui, apenas 36,8% dos cariocas acima de 18 anos tomaram a segunda dose de reforço.
"O esquema vacinal completo, incluindo as doses de reforço, protege contra doença grave e óbitos. A dose de reforço é absolutamente indispensável. Esquema com 1 ou 2 doses não protege contra a Ômicron", complementou Tânia.
VEJA O FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES DE SAÚDE DURANTE OS JOGOS DA COPA
As unidades de Atenção Primária, como centros municipais de saúde, clínicas da família e policlínicas, assim como o Super Centro Carioca de Saúde irão funcionar das 8h às 12h amanhã (24) e dia 2/12; e das 8h às 11h, em 28/11.
Já as unidades 24 horas da rede municipal de saúde do Rio de Janeiro - UPAs, hospitais, centros de emergência regional (CERs) e centros de atenção psicossocial (CAPS) tipo III - vão funcionar ininterruptamente durante as datas de jogos da Seleção Brasileira na primeira fase da Copa do Mundo FIFA Catar 2022, nos dias 24 e 28 de novembro e 2 de dezembro.
Unidades que funcionam 24 horas:
- Hospital Municipal Souza Aguiar - Centro
- Hospital Municipal Miguel Couto - Gávea
- Hospital Municipal Salgado Filho - Méier
- Hospital Municipal Lourenço Jorge - Barra da Tijuca
- Hospital Municipal Pedro II - Santa Cruz
- Hospital Municipal Rocha Faria - Campo Grande
- Hospital Municipal Albert Schweitzer - Realengo
- Hospital Municipal Evandro Freire - Ilha do Governador
- Hospital Municipal Rocha Maia - Botafogo
- Hospital Municipal Francisco da Silva Telles - Irajá
- Hospital Municipal Jurandir Manfredini - Jacarepaguá
- Hospital Maternidade Fernando Magalhães - São Cristóvão
- Hospital Maternidade Carmela Dutra - Lins de Vasconcelos
- Hospital Maternidade Herculano Pinheiro - Madureira
- Hospital Maternidade Alexander Fleming - Marechal Hermes
- Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque - Centro
- Hospital da Mulher Mariska Ribeiro - Bangu
- Serviço de emergência da Policlínica Rodolpho Rocco - Del Castilho
- Serviço de emergência da Policlínica César Pernetta - Méier
- Instituto Municipal Philippe Pinel - Botafogo
- UIS Arthur Villaboim - Paquetá
- UPA de Vila Kennedy
- UPA da Rocinha
- UPA do Complexo do Alemão
- UPA da Cidade de Deus
- UPA de Santa Cruz / João XXIII
- UPA do Engenho de Dentro
- UPA de Madureira
- UPA de Costa Barros
- UPA de Senador Camará
- UPA Sepetiba
- UPA Paciência
- UPA Magalhães Bastos
- UPA Rocha Miranda
- Centro de Emergência Regional Centro
- Centro de Emergência Regional Leblon
- Centro de Emergência Regional Barra
- Centro de Emergência Regional Ilha
- Centro de Emergência Regional de Realengo
- Centro de Emergência Regional de Campo Grande
- Centro de Emergência Regional Santa Cruz
- Centro de Atenção Psicossocial Maria do Socorro Santos
- Centro de Atenção Psicossocial Franco Basaglia
- Centro de Atenção Psicossocial Fernando Diniz
- Centro de Atenção Psicossocial João Ferreira Filho
- Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Miriam Makeba
- Centro de Atenção Psicossocial Severino dos Santos
- Centro de Atenção Psicossocial Clarice Lispector
- Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Raul Seixas
- Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Paulo da Portela
- Centro de Atenção Psicossocial Manoel de Barros
- Centro de Atenção Psicossocial Arthur Bispo do Rosário
- Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Antônio Carlos Mussum
*Sob supervisão de Natashi Franco