180 milhões de reais. Esse é o valor que o Governo do Rio de Janeiro pede para que seja devolvido pela Organização social Iabas, responsável pela construção e administração dos hospitais de campanha no estado. Das sete unidades prometidas, apenas duas ficaram prontas.
A Comissão de acompanhamento e fiscalização de contratos da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro apontou que de abril a novembro de 2020, a organização teve gastos não justificados. Um carro blindado e carrinhos de golfe foram alugados, o que soma mais de R$760 mil. Estadias em hotéis de Copacabana, na Zona Sul do Rio, custaram cerca de R$107 mil sem comprovação de motivo.
“Se houve realmente esse mau gasto, a Justiça que dará essa resposta, o valor será destinado 100% para a saúde, que é para onde deveria ter ido desde o início", esclareceu o governador Claudio Castro
O Iabas foi contratado no ano passado, ainda durante a gestão do ex-governador Wilson Witzel. A suspeitas de irregularidades e superfaturamento dos contratos da organização levaram ao impeachment de Witzel.
O novo projeto de lei orçamentária anual, previsto para 2022, pretende zerar o déficit financeiro do município, já faz cinco anos que o estado não fecha as contas dessa maneira. A ideia é que o novo orçamento seja cerca de 20% superior ao do ano passando, chegando na casa dos R$ 85 bilhões e 800 milhões.