Serpente que estava solta no Parque Nacional da Tijuca é encontrada

O cachorro de um morador da região atacou a Píton e a levou para casa

Júlia Zanon*

Serpente que estava solta no Parque Nacional da Tijuca é encontrada
Serpente foi encontrada depois de ter sido solta por engano semana passada
Reprodução/Redes Sociais

A serpente Píton Ball foi encontrada na noite desta quarta-feira (8), depois de ter sido solta por engano na semana passada no Parque Nacional da Tijuca. A cobra foi encontrada pelo cachorro de um morador da região. O dono acionou o Corpo de Bombeiros depois que o animal de estimação chegou em casa com a cobra.

A confirmação da identificação de que a serpente encontrada é a mesma que estava desaparecida foi feita pelo veterinário e biólogo Jeferson Rocha Pires, responsável pelo Centro de Recuperação de Animais Selvagens do Rio de Janeiro, da Universidade Estácio de Sá (CRAS Unesa). O critério utilizado foi a verificação do padrão das manchas da cobra.

Com isso, as buscas feitas pelos monitores ambientais do parque, que aconteciam todos os dias desde o sábado (04), foram encerradas.  

“Essa história é inusitada demais. Ontem à tarde foram feitas buscas pela equipe do parque na floresta. No final do dia recebi a informação de que teriam encontrada a píton. E aí a dúvida que ficou: se não foi a equipe do parque, então quem que encontrou?”, disse Izar Aximoff, biólogo.

A píton é uma cobra não venenosa exótica e que não faz parte da fauna da floresta, podendo ter causado desequilíbrio ecológico na região. Ela foi encontrada por um cachorro que estava solto no parque. Ele encontrou a serpente e a levou para casa.

A cobra chegou ao CRAS na noite desta quarta-feira (8) e precisou levar pontos onde foi mordida pelo cachorro, ter medicação aplicada e uma avaliação prévia de suas condições de saúde. Os Bombeiros retornaram com a píton e devem encaminhá-la ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) hoje (9).

Em nota, o Parque Nacional da Tijuca afirmou que é importante também tomar cuidado com a entrada de animais de estimação no local. Reforçou também o não abandono desses animais, já que podem formar matilhas e prejudicar o equilíbrio ecológico da região.

*Sob supervisão de Natashi Franco