Um integrante de um grupo neonazista, que planejava explodir bombas caseiras nas festas de final de ano, foi preso em São Paulo, em uma operação da Polícia Civil do Rio e do Ministério Público, nesta quinta-feira (16).
“Apreendemos bombas caseiras. Um alvo confessa (no momento da prisão), que iria usar essa bomba caseira, agora no final de ano, em festas de final de ano. E a importância da investigação é esse combate a esse crime tanto do racismo, que já existe no país, o racismo estrutural, quanto a parte do antissemitismo” afirmou Adriano França, delegado titular da DCAV.
A operação foi coordenada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em conjunto com o Ministério Público. O objetivo era atingir alvos de células neonazistas em todo o país. Além do Rio, a ação também aconteceu em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Quatro pessoas foram presas, sendo uma delas no Rio, em Campos dos Goytacazes, no interior do estado. Além de 31 mandados de busca e apreensão cumpridos.
“Todos os mandados foram cumpridos de um grupo de extremistas que disseminava o ódio por meio de redes sociais, aplicativos de mensagens, e demais ferramentas de internet, no sentido de preconceito de raça, cor, etnia, locais de origem de determinadas pessoas. Era um grupo que, resumidamente, disseminava o preconceito seja por meio de intolerância religiosa, antissemitismo e, principalmente, por questões de raça” informou o delegado Felipe Curi, da DCPE.
Após uma denúncia feita à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) através do Cyber Lab e a Homeland Security Investigations (HSI), as investigações começaram. Os alvos são suspeitos de disseminar ódio contra negros e judeus.
A ocorrência foi registrada com o objetivo de apurar fatos ligados a uma associação criminosa que pratica atos violentos, disseminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional pelas redes sociais.
Materiais de conteúdo racista contra negros e judeus foram encontrados em maio deste ano. As autoridades ficaram surpresas com os diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, treinamento e, principalmente com a disseminação de ódio.
Na operação de hoje também foram apreendidos facões, um arco, flechas, roupas camufladas, livros e materiais de cunho nazista.