Torcida do Corinthians invade o Rio de Janeiro para a final

Os hotéis de Copacabana têm 75% de média de ocupação dos quartos.

Felipe de Moura*

A torcida do Corinthians invadiu a cidade do Rio Reprodução/TV Band
A torcida do Corinthians invadiu a cidade do Rio
Reprodução/TV Band

Um “bando de loucos” invadiu a cidade do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (19) para apoiar o Corinthians na final da Copa do Brasil contra o Flamengo. O segundo jogo da decisão acontece hoje, às 21h45, no Maracanã. A primeira partida terminou em 0 a 0.

Mesmo com o empate no jogo de ida, a torcida visitante esgotou os 3.800 ingressos disponíveis em menos de três horas. Antes do apito inicial, muitos corintianos se concentram na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.

“A gente está em 30 pessoas. A minha esposa está gravida do segundo filho, foi meio complicado de vir, mas ela liberou e está tudo certo. O time deles é bom, mas aqui é Corinthians. É sofrido, até o fim. Quero voltar para casa com a taça”, comentou o empresário Denis Rodrigues.

Não chega perto de ser a famosa “Invasão Corinthiana” de 1976, quando cerca de 70 mil torcedores dividiram o Maracanã com a torcida do Fluminense, em uma semifinal do campeonato Brasileiro. Mas, os torcedores do “Timão” que vieram estão confiantes.

“Praia, cervejinha e Coringão. É um jogão de bola, mas vamos ganhar. 1 a 0 com gol do Yuri Alberto, Corinthians campeão. Tem bastante corinthiano aqui (na orla da praia de Copacabana), vamos para cima”, disse o autônomo Guilherme Sirna.

Até mesmo entre os flamenguistas, os donos da casa, há visitantes.

“Eu vim da Bahia para ver o jogo. Hoje é vitória do Mengão: 2 a 1, sendo campeão em casa, fazendo valer o mando de campo. Mas a paz está acima de tudo, que não tenha nenhum problema no jogo. Eu moro a 181 quilômetros de Salvador e vim para cá ver o título”, falou Carlos Santana.

A partida entre as maiores torcidas do Brasil também movimentou a economia da capital Fluminense. Por causa da partida, os hotéis têm média de ocupação de 75% em plena quarta-feira. Em alguns pontos, como em Copacabana, quase não há quartos disponíveis.

“O quiosque está lotado. Tive até que comprar mais estoque. Isso tudo começou comigo chamando os corinthianos que eu via. Isso acontece desde o jogo contra o Fluminense”, comentou o vascaíno e dono de um quiosque na orla de Copacabana, João Aida.

*Sob supervisão de Natashi Franco