A socialite com patrimônio bilionário que afirmou ter sido mantida em cárcere privado pelo ex-motorista voltou para casa neste fim de semana. Regina Gonçalves, de 88 anos, mora no edifício Chopin, um dos mais emblemáticos de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Familiares acusam o homem, que diz ser companheiro dela, de maus-tratos.
Em 1994, Regina ficou viúva do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag do Brasil, e herdou uma fortuna de US$ 500 milhões. Os dois não tiveram filhos no casamento.
A família afirma que, há cerca de 10 anos, a socialite passou a morar com o então motorista, José Marcos Ribeiro, de 53 anos. Mas os parentes dizem que o homem, aos poucos, passou a controlar a vida de Regina, afastando a idosa de parentes e amigos.
Eles alegam que, em janeiro, ela fugiu do apartamento e passou a ficar na casa do irmão. Segundo a família, a socialite perdeu muito peso e estava debilitada.
O sobrinho de Regina, Álvaro O'Hara, conta que dinheiro, joias e objetos de valor sumiram do imóvel.
Amigo da família, João Chamarelli afirma que todos tinham dificuldade de se comunicar com a socialite e muitas vezes o contato só era feito por meio do telefone de José.
Em fevereiro, a Justiça concedeu uma medida protetiva que impede José Marcos de se aproximar de Regina. Em outro processo, porém, uma desembargadora autorizou que ele ficasse como responsável pelos bens dela.
José nega a acusação de maus-tratos. A defesa diz que ele é companheiro de Regina e que os parentes estão se aproveitando da incapacidade cognitiva da socialite, que estaria com demência em estado avançado.
Os advogados apresentaram um documento, reconhecido em cartório, que comprova união estável com Regina desde 2021. Já a família pede que esse documento seja anulado, porque teria sido assinado sob manipulação.
Segundo os parentes, ela pretende assistir ao show da cantora Madonna, no próximo sábado (4), da sacada de casa.
