Após "caso Joca", Gol se recusa a levar pet em voo mesmo após decisão da Justiça

Tutora de Gaia obteve liminar para embarque na cabine de voo em Recife; empresa suspendeu transporte de animais no porão das aeronaves por 30 dias

Guilherme Oliveira

Mesmo com autorização da Justiça, a Gol se recusou a levar uma cadela na cabine de um voo comercial da empresa. Desde a última terça-feira (30), Denise Cristina, tenta embarcar de Recife para São Paulo com Gaia.

Depois da morte do cão Joca, a companhia aérea suspendeu, por 30 dias, o transporte de animais no porão das aeronaves. Só que Denise Cristina argumenta que comprou passagem para Gaia viajar no porão ainda em março, antes do episódio.

Diante disso, a tutora recorreu à Justiça de São Paulo, que autorizou o embarque da pet para viajar na cabine de voo, em decisão liminar do último domingo (28). A juíza que assinou a decisão diz que a Gaia é de pequeno porte, dócil, treinada e devidamente vacinada. Ela também determinou que o animal seja transportado dentro de uma caixa própria para essa finalidade, embaixo da poltrona. 

A Gol, no entanto, não cumpriu a ordem judicial e funcionários da empresa impediram o embarque alegando que Gaia teria peso superior ao permitido para viajar na cabine, que é de 10kg. A cadela tem 23kg, mas a decisão da Justiça levava esse fator em conta na liminar.

Com a negativa, Denise registrou um boletim de ocorrência e voltou a procurar a Justiça. Tutora e a cadela seguem em Recife.

A Rádio Bandeirantes procurou a companhia aérea e aguarda um posicionamento. Na nota em que anunciou a suspensão do serviço para os pets, a empresa havia garantido que clientes que já se encontravam em seu destino de viagem e que usariam os serviços em cabines de voo para pets poderiam utilizá-lo para o retorno.

O caso da morte de Joca

João Fantazzini embarcou de Guarulhos para Sinop, no Mato Grosso, em 22 de abril. No entanto, seu cachorro, de nome Joca, deveria ir no mesmo voo, mas foi colocado em outro para Fortaleza. O animal acabou sendo mandado de volta, então, para Guarulhos e, quando o tutor chegou para encontrá-lo, o cão estava morto.

A Gol admitiu que houve uma falha operacional no transporte do cachorro, se solidarizou com o tutor e seus familiares pela perda e disse que está prestando “todo o suporte necessário”. A companhia ainda disse que a apuração do caso está sendo tratada como prioridade.

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