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Setor de aves projeta prejuízo de R$ 182,9 milhões no Rio Grande do Sul

O Vale do Taquari, uma das regiões mais atingidas pelas enchentes, responde por 20% da produção de aves no RS

Da Redação

Setor de aves projeta prejuízo de R$ 182,9 milhões no Rio Grande do Sul
Wenderson Araujo/Trilux

O prejuízo inicial trazido pelas enchentes no Rio Grande do Sul no setor de aves pode passar de R$ 182,9 milhões, informou a Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A.RS). O levantamento inicial de perdas no setor é referente ao período de 5 a 20 de maio e, segundo os dirigentes da instituição, o valor deve aumentar com o passar dos dias. 

O presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, diz que, com a redução do nível das águas, está sendo possível avaliar os prejuízos com mais assertividade e que, todos os dias, há novos relatos de problemas no setor.

Segundo ele, o prejuízo com aves, pintos e ovos férteis contabilizados até agora somam R$ 26,4 milhões. Em infraestrutura, R$ 15,8 milhões. 

O Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas pelas enchentes é responsável por 20% da produção de aves no Rio Grande do Sul e é a terceira vez, em menos de seis meses, que as chuvas provocam perdas no setor. “As indústrias mal se recuperaram das enchentes anteriores e agora vivem o problema mais uma vez”, diz Santos.

No Rio Grande do Sul, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), pelo menos 10 agroindústrias haviam paralisado totalmente suas atividades em decorrência das enchentes. Apesar disso, o setor afirma que não há risco de desabastecimento. Na região, três frigoríficos retomaram as atividades nesta semana, o Bom Frango de Venâncio Aires, a cooperativa Dália Alimentos, em Encantado e a Minuano, de Arroio do Meio. Essas cidades ficaram completamente alagadas com as chuvas, sem energia elétrica e as estradas no entorno da região, completamente bloqueadas ou destruídas. 

Nesta semana, a Asgav levou aos governos estadual e federal vários pedidos de auxílio ao setor como a reavaliação de fundos, como o de loterias federais e o partidário, e de flexibilização de linhas de crédito em caso de catástrofes como essa.

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